Em seu quinto mandato, o educador popular, Carlos Bordalo, nasceu na região do Marajó e foi criado no município de Curralinho, no estado do Pará. Sua trajetória política teve início no bairro da Sacramenta, em Belém, onde participou da Pastoral da Juventude da Paróquia de São Sebastião. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras (PT) na capital paraense. Nos anos 1970, foi convidado a integrar a equipe técnica da Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (FASE).
No Nordeste do Pará, dedicou 13 anos ao fortalecimento da agricultura familiar, cobrando dos governos a criação de linhas de crédito acessíveis, assistência técnica e maiores investimentos em saúde, educação e infraestrutura. Além disso, apoiou e fortaleceu os Sindicatos de Trabalhadores Rurais.
Em Belém, contribuiu para a organização de trabalhadores de diversas categorias, ajudando a consolidar sindicatos fortes e combativos, como os dos rodoviários e da construção civil. Atualmente, exerce seu quinto mandato como deputado estadual, com uma atuação destacada na garantia de direitos e na formulação de políticas públicas para combater a desigualdade social.
Em 1999, foi convidado pelo então prefeito de Belém para assumir a administração do Distrito Administrativo da Sacramenta (Dasac). Nesse período, coordenou importantes obras, como a construção da Aldeia Cabana de Cultura Amazônica e da Praça São Sebastião, o asfaltamento da Passagem das Flores, além da revitalização da Avenida Marquês de Herval e da Feira da Sacramenta. Também liderou o recapeamento asfáltico da Avenida Senador Lemos e das passagens Vila Nova e Santos Dumont.
Durante a gestão de Edmilson Rodrigues na Prefeitura de Belém (1997-2004), Bordalo assumiu a Secretaria de Economia, dirigiu o Banco do Povo e foi responsável pela reforma do Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina.
No Legislativo, é autor de mais de 100 leis estaduais. Entre elas, a que obriga embarcações a destinarem espaços para que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam atar suas redes, e o Estatuto da Equidade Racial do Pará, o primeiro da região Norte, construído em parceria com o movimento negro do estado, um marco no combate ao racismo.
Bordalo também teve papel fundamental no Comitê Assessor do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una e articulou, junto ao Governo do Estado, a execução do projeto de drenagem e urbanização da ocupação conhecida como "Malvinas". Em 2004, foi eleito vereador de Belém e, em 2006, deputado estadual.
Ao longo de sua trajetória parlamentar, destacou-se como o deputado que mais participou de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), investigando temas como danos ambientais na bacia do rio Pará, atuação de milícias e grupos de extermínio, violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes, tráfico de pessoas e a atuação da empresa Vale no estado.
Com uma atuação pautada pela formação cristã e pela Teologia da Libertação, Bordalo preside a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará. Seu compromisso com a defesa dos direitos humanos o tornou uma referência na área, sendo respeitado entre seus pares, independentemente de posicionamentos ideológicos.
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