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29/11/2023 | 08h00 - Atualizada em 20/11/2023 | 10h31

Alepa celebra 30 anos do movimento Ação da Cidadania

Reportagem: Lilian Campelo

Edição: Lilian Campelo

Em comemoração aos 30 anos do movimento Ação da Cidadania, uma entidade de união brasileira contra a fome, será realizada uma sessão especial nesta quinta-feira (30), no auditório João Batista, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a partir das 9h.

De proposição do deputado Bordalo, a Ação da Cidadania foi idealizada pelo sociólogo Herbert de Souza, também conhecido como Betinho, em 1993. O projeto surgiu de uma ampla e abrangente rede de mobilização em nível nacional, com o propósito de amparar cerca de 32 milhões de cidadãos brasileiros que estavam vivendo abaixo da linha de pobreza, de acordo com informações do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Ação Cidadania

O movimento Ação Cidadania realiza diversos projetos que trabalham pelo fim da insegurança alimentar. Dentre eles está o Natal Sem Fome, considerada por eles a maior campanha de solidariedade do Brasil. Segundo o movimento, só em 2018 foram mais de 500.000 pessoas beneficiadas com uma rede de milhares de voluntários por todo o país e que mobiliza grandes empresas, organizações e a população. No Pará do início da pandemia da COVID-19 até o mês de junho deste ano foram alcançadas 451.940 pessoas em 50 municípios. Desde a sua criação, a ação já ajudou mais de 16.000.000 de pessoas em todo o Brasil e é a principal campanha da entidade.

Outra ação é a distribuição de doações para comunidades carentes e tragédias naturais. Eles têm forte atuação na distribuição de alimentos e donativos para vítimas de tragédias em todo o Brasil, tendo atuado recentemente junto às vítimas de Mariana, Brumadinho, das enchentes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, sul da Bahia, Marabá e no socorro da população indígena Yanomami com 20 toneladas de alimentos e 7 toneladas de outras doações este ano.

Insegurança Alimentar

A insegurança alimentar é uma preocupante realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela se manifesta quando indivíduos ou famílias não têm acesso consistente a alimentos seguros e nutritivos em quantidade suficiente para atender às suas necessidades diárias. Esse desafio complexo está ligado a fatores como pobreza, desigualdade social, desemprego e falta de acesso a serviços básicos.

Ela pode ter efeitos devastadores na saúde física e mental das pessoas. A carência de nutrientes essenciais pode levar a problemas de crescimento, desenvolvimento inadequado, deficiências nutricionais e doenças relacionadas à má alimentação. Além disso, a incerteza constante em relação à disponibilidade de comida pode gerar ansiedade, estresse e impactar negativamente a qualidade de vida.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a partir do relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)", divulgado em julho de 2023, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), revela uma deterioração nos parâmetros relacionados à fome e à insegurança alimentar no Brasil.

De acordo com o relatório, em 2022, cerca de 70,3 milhões de indivíduos encontravam-se em um estado de insegurança alimentar moderada, indicativo de dificuldades para garantir o acesso à alimentação. Além disso, a análise também evidencia que aproximadamente 21,1 milhões de pessoas no país estavam no ano de 2022 enfrentando uma situação de insegurança alimentar grave, caracterizada pela presença de fome.

Para a Sessão Especial cerca de 43 instituições foram convidadas, como o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), secretarias estaduais, Ongs, conselhos, institutos, entre outros.