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19/09/2023 | 19h08 - Atualizada em 19/09/2023 | 19h18

Presidente da CDH-Alepa realiza diligência no acampamento Quintino Lira e 13 instituições participam

Reportagem: Lilian Campelo

Edição: Lilian Campelo

Deputado Bordalo no acampamento Quintino LiraUma diligência convocada pelo Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa do Consumidor, dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Mulher, da Juventude, da Pessoa Idosa e Minorias, deputado Bordalo, foi realizada na manhã de segunda-feira (18) no acampamento Quintino Lira, no município de Santa Luzia do Pará, com o objetivo de apurar denúncias de casos de violência e ameaças às famílias do acampamento.

De acordo com os relatos, as famílias denunciam que desde o dia 7 de setembro até o dia 10, empregados da Fazenda da família Bengston, com participação, inclusive, do Sr. Marcos Bengston, ameaçaram os trabalhadores. Roças foram queimadas e casas destruídas com ajuda de um trator. O clima de medo e terror foi imposto durante esse período. De acordo com a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) o acampamento existe desde 2007 em uma área ocupada por agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Atualmente 200 famílias vivem no local.

Banner com a foto de Caribé

Ainda segundo a SDDH, conforme denúncia recebida, os empregados da fazenda procuravam por João Batista Galdino de Sousa, mais conhecido como Clone. Ele é testemunha no processo criminal que investiga a tentativa de homicídio contra si, e o homicídio do José Valmeristo Soares, o Caribé, e ainda da Sra. Nailce Verônica Galdino de Sousa, liderança do acampamento e que tem sofrido recorrentes ameaças. Marcos Bengtson, filho do ex-deputado federal Josué Bengtson, tio de Damares Alves, é acusado de ser o mandante do crime de homicídio de Caribé, morto em setembro de 2010 aos 27 anos de idade. Marcos segue em liberdade.

Participaram da diligência cerca de 13 representantes de instituições públicas e movimentos sociais e como encaminhamento em busca de uma resolução e pacificação quanto ao conflito agrário, será montado uma força tarefa destas instituições para a criação do assentamento, além de outras providências como inserção de João Batista Galdino de Sousa e Nailce Verônica Galdino de Sousa como integrantes no Programa Federal de Assistência às Vítimas e às Testemunhas Ameaçadas - PROVITA.

Cerca de 13 instituições participaram da diligência

Estiveram presentes a Drª Ione Missae da Silva Nakamura, Promotora de Justiça Agrária da 1ª Região, coordenadora do Núcleo de Questões Agrárias e Fundiárias do MPPA; Marcos Teixeira, Defensor Regional de Direitos Humanos na DPU; Roseane Borcem, vice-coordenadora da Regional Bragantina da Fetagri, vice-presidenta do STTR de São Domingos do Capim; Lucia Machado, Presidenta do PT de Santa Luzia; vereador Kaio Lucena; Vera Tavares, ouvidora Secretaria Estadual de Igualdade Racial e Direitos Humanos; Delegado da Polícia Civil Aurélio Paiva; Jane Cabral, Superintendente Nacional do MST Pará; Carolina Araújo, Superintendente substituta do Incra Regional Nordeste e Ronaldo Coelho, chefe de serviço de implantação de projetos de assentamento também do mesmo Regional do Incra, além de representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT-PA), Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM-PA) e assessoria da deputada Lívia Duarte, vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Alepa.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Pará apresentará um relatório contendo as denúncias e proposições sugeridas aos órgãos responsáveis.