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29/04/2022 | 22h02 - Atualizada em 30/04/2022 | 06h30

Comunicação e política, fake news e prestação de contas foram temas do Forma Alepa na Região Tapajós

Reportagem: Andrea Santos

Edição: Andreza Batalha

"Cidadania se constrói como informação. É fundamental ter informação para o respaldo de algo", a afirmação foi feita por Rodolfo Marques, professor do curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (Unama) no segundo dia do Forma Alepa/Elepa Itinerante realizado na manhã desta sexta-feira (29), na região Tapajós, no município de Itaituba.

A palestra da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), por meio da Escola do Legislativo, iniciou por volta das 8h30h com o tema: Comunicação, imagem política e fake news.

A comunicação política ocupa, cada vez mais, um protagonismo dentro das discussões acadêmicas e nos pleitos eleitorais. As campanhas de candidatos, partidos e coligações buscam um suporte profissional da Ciência Política e do Marketing. A forma de divulgação de atores políticos e instituições, a comunicação política se insere no contexto da legitimação da sociedade, em especial a partir da premissa de que a cidadania se constrói como informação.

Comunicação política é um dos segmentos que mais se encaixam nas tendências atuais, principalmente com a difusão das mídias e redes sociais e com as mudanças recentes nas regras quanto à propaganda eleitoral no Brasil.

Procurar entender os mecanismos que geram as interações de políticos com os eleitores e, no decorrer dos mandatos, a prestação de contas e a transparência na esfera pública, tornam-se assuntos permanentes para o trabalho político.

"A Alepa reconhece a importância desse Estado ao expandir, pelas diferentes regiões, um serviço para servidores públicos, com diversas temáticas. Minha contribuição para esse projeto necessário da Casa de Leis é de pensar na comunicação política como algo permanente, o contato com as pessoas é preciso, mas com resposta com o eleitor, ainda mais quando há notícias falsas. Informação é a base da cidadania", afirmou Rodolfo Marques.

Com a popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, o conceito de fake news ganhou forma e gera notícias fraudulentas que circulam na Internet. O enfrentamento das fake news e da desinformação também é um elemento intrínseco do processo político e eleitoral atual.

Em 2018, o Instituto Mundial de Pesquisa (IPSO) divulgou um estudo intitulado: "Fake news, filter bubbles, post-truth and trust (Notícias falsas, filtro de bolhas, pós-verdade e verdade)", que revela dados importantes. De acordo com o levantamento, 62% dos entrevistados do Brasil admitiram ter acreditado em notícias falsas, valor acima da média mundial que é de 48%. Um outro estudo, consultado em junho de 2020, sobre o Relatório de Notícias Digitais do Instituto Reuters (Reuters Institute Digital News Report), mostrou que o WhatsApp é uma das principais redes sociais de discussão e troca de notícias no país, perdendo apenas para o Facebook. O levantamento apontou que 48% dos brasileiros que participaram da pesquisa usam o aplicativo como fonte de notícias, número bem superior comparado ao índice de países como: Austrália (8%), Reino Unido (7%), Canadá (6%) e Estados Unidos (4%).

As fake news crescem conforme o número de compartilhamentos. É necessário repassar informações verídicas e sempre se questionar caso veja uma manchete duvidosa. Notícias falsas espalham-se rapidamente e apelam para o emocional do leitor ou espectador, chamando atenção com títulos sensacionalistas e causando o consumo do material "noticioso" sem a confirmação da veracidade de seu conteúdo. Fake news traz consequências graves para toda população.

O vereador, vice-presidente da Câmara Municipal de Trairão, João Natanael Sousa disse que "Temas importantíssimos são abordados para nós, falar sobre comunicação e política sempre é válido. Ontem, foi ótimo saber como dar início na construção de uma Procuradoria Especial da Mulher num município. Nossas vereadoras do município já estão fazendo uma movimentação sobre o assunto. A Alepa ter assinado um Termo de Cooperação Técnica para ajudar com o nosso trabalho é algo a agradecer", comentou. "A distância entre Itaituba e Belém é enorme e fico feliz em ver que a Alepa pensou num projeto, no qual pudesse enxergar a nossa região ", finalizou.
Crédito: Celso Lobo (AID/Alepa)

"Pontos de controle em prestação de contas", foi ministrado por Diego Martins Estácio, auditor de controle externo do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM/PA).

O propósito da prestação de contas assegura a transparência e a responsabilidade na administração pública, bem como dar suporte às decisões de alocação de recursos, promover a defesa do patrimônio público e, sobretudo, informar as pessoas, que são os usuários dos bens e serviços produzidos pela administração pública e principais provedores dos recursos para o seu funcionamento.

A prestação de contas anual das organizações do setor público deve proporcionar uma visão estratégica e de orientação para o futuro quanto à sua capacidade de gerar valor público em curto, médio e longo prazos, bem como do uso que fazem dos recursos públicos e seus impactos na sociedade. 

"Trago ao público pontos que causam dificuldades nas prestações de contas. O TCM/PA entende que alguns municípios são distantes de Belém, mas o que buscamos com essa capacitação é ajudar, colaborar com o trabalho do gestor, mas é preciso contribuir com o prazo do TCM/PA", pontuou.

Um dos pontos que mais leva o gestor a ter a prestação de conta reprovada, de acordo com o palestrante, é o processo licitatório executado de modo errado.

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