Neste sábado (05), às 14h, o deputado Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), participará do evento "Racismo Ambiental, Sofrimento Psíquico e Desigualdades nos Territórios e Populações Amazônidas".

O evento faz parte do conjunto de debates promovidos pelos Diálogos Amazônicos, e será realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o objetivo de discutir uma questão de grande relevância na Amazônia: o racismo ambiental.

Além da Comissão de Direitos Humanos da Alepa, estarão presentes a Subcomissão de políticas de drogas e saúde mental do conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e a Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME).

Racismo Ambiental

O termo "racismo ambiental" é empregado para descrever a discriminação que afeta as populações periféricas ou compostas por minorias étnicas, decorrente da degradação ambiental. O termo denuncia que a distribuição dos impactos ambientais não se dá de forma igual entre a população, sendo a parcela marginalizada e historicamente invisibilizada a mais afetada pela poluição e degradação ambiental.

O tema foi cunhado pelo ativista afro-americano Benjamin Franklin Chavis Jr., que desempenhou um papel significativo como secretário de Martin Luther King Jr., um dos líderes do movimento dos direitos civis. Chavis Jr. se destacou ao denunciar que a população mais vulnerável, especialmente a comunidade negra, era a mais afetada pela degradação ambiental. Ele enfatizou que essa degradação parecia ter a comunidade negra como alvo preferencial.

As comunidades afetadas pelo racismo ambiental podem sentir que seus direitos e bem-estar estão sendo negligenciados, além do estigma associado ao racismo ambiental. Muitas vezes, as vozes das comunidades afetadas são ignoradas ou minimizadas, o que pode gerar um sentimento de impotência e isolamento. Isso pode levar a um impacto ainda maior na saúde mental dessas pessoas, criando um ciclo prejudicial.

Diálogos Amazônicos

O encontro "Diálogos Amazônicos" tem como objetivo discutir os desafios e oportunidades da região que abriga a maior floresta tropical do mundo. A iniciativa é coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência da República em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores e contará com cinco plenárias-síntese, cada uma com a participação de 3 mil pessoas. Cada plenária terá como resultado debates e reflexões que serão fundamentais para a elaboração de cinco relatórios. Esses relatórios serão entregues aos presidentes dos países amazônicos durante a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de agosto.

Serviço:

Data: 05 de agosto de 2023

Horário: 14h às 17h

Local: Auditório da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção do Pará – Praça Barão do Rio Branco, 93 - Campina, Belém - PA, 66015-060