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Deputados lamentam o falecimento do professor Edson Franco
Reportagem: Carlos Boução
Edição: Andreza Batalha
Falar em Edson Franco é falar essencialmente em educação, além de professor era um mestre, fundador e primeiro reitor da Universidade da Amazônia (Unama), antes foi fundador do CESEP, Centro Superior de Ensino do Pará. A Unama se transformou em uma referência para o ensino superior privado no país. Atualmente, exercia a função de diretor-geral da Faculdade de Estudos Avançados do Pará (FEAPA).
Segundo uma de suas netas, Laissa Khayat, Édson tinha um carisma enorme e costumava receber "os seus alunos na porta toda segunda-feira e ligava a cada aniversário para seus colaboradores".
Ela relatou que jamais esquecera do último dialogo que teve com o avô. "Vou sentir muita, muita saudade. Te amo, minha filhinha. Vai com Deus e que Nossa Senhora te acompanhe". Frase essa expressa quando da despedida do avô para a neta, quando esta partia para Belo Horizonte.
Para o deputado Chicão, presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), o professor Edson Franco foi um visionário e sempre esteve alerta para as mudanças na educação superior. "O professor foi um grande incentivador da formação acadêmica na Amazônia. Fundou a Unama e foi o seu primeiro reitor, transformando-a em uma das maiores universidades de nosso Estado". Destacou ainda que Franco era membro da Academia Paraense de Letras e de Jornalismo.
O professor Edson Franco esteve recentemente nas dependências da Alepa para o lançamento do livro 'Constituição do Estado do Pará", editado em homenagem ao jurista, deputado e constituinte Zeno Veloso. Solenidade realizada no auditório João Batista no dia 19 de junho passado. "Na oportunidade pude abraçá-lo e foi a nossa despedida. Gratidão por sua vida e pelas suas realizações em nosso estado", expressou o presidente do Poder Legislativo do Pará.
A deputada Paula Titan (MDB), em nota, lamentou o falecimento do professor. "Ele se dedicou à educação e contribuiu para a formação de grandes líderes", destacou. Ela estendeu o lamento aos familiares, amigos e estudantes que conviveram com o professor. "Edson Franco se tornou um símbolo de competência e dedicação aos avanços educacionais em nosso estado", avaliou.
"A educação paraense perdeu um grande trabalhador. Fica o seu legado para a educação do estado e da Amazônia. Meus sentimentos aos familiares, amigos e ex-alunos", expressou nas redes sociais o deputado Elias Santiago (PT).
"Edson Franco era um visionário, falava sobre educação com enorme intimidade, foi o precursor da primeira universidade particular da Amazônia, deixando para nós um legado no ensino como poucos", expressou o deputado Erik Monteiro, suplente da Comissão de Educação e vizinho do professor em anos atrás.
Já o deputado Eraldo Pimenta (MDB) destacou o papel do professor para a formação de muitos paraenses. "Foi, sem dúvida, uma grande perda para o nosso estado, em particular para a educação. O professor Édson Franco era um visionário que ajudou a formar muitos cidadãos paraenses e desenvolver o Pará através da educação em todos os seus níveis, e principalmente no ensino superior com a Universidade da Amazônia. Ficam aqui a tristeza, o reconhecimento pelo grande homem e as condolências à família e aos amigos".
"Edson Franco, uma alma brilhante que nos deixou, mas cujo legado jamais será esquecido. Quero prestar minha sincera homenagem a esse ser humano extraordinário que acreditou na educação como o melhor caminho para a humanidade. Sua dedicação incansável e compromisso com o ensino impactaram a vida de inúmeros estudantes, através da Universidade da Amazônia, do qual era fundador". destacou a deputada Ana Cunha (PSDB).
"O nosso estado perdeu um grande nome da educação: Edson Franco. Edson dedicou aproximadamente sete décadas da sua vida à educação, participando do processo de ensino e aprendizagem de várias gerações. Solidarizo-me com a família, amigos e ex-alunos deste grande ícone da educação" lamentou Gustavo Sefer (PSD).
Édson Raymundo Pinheiro de Sousa Franco
"Meu nome é Édson Raymundo Pinheiro de Sousa Franco, Raymundo por causa de são Raymundo, que a minha mãe não tinha possibilidade muito de fazer uma gestação, teve dificuldade muito grande. Então ela ficou muito traumatizada com isso e fez uma promessa para São Raymundo que se nascesse um homem, ele seria Raymundo; então o meu é Édson Raymundo é por causa disso. Fui filho único, isso não é boa coisa!
E me comprometi muito que quando eu me cassasse eu teria muitos filhos. Aliás fiz uma porção de promessas, uma delas, é que a minha mãe queria que eu comesse, eu era muito magrinho, muito raquítico e não aceitava comer. Depois disso, eu fiz uma promessa comigo mesmo, para os meus filhos eu jamais vou mandar comer. Eles comem que nem desesperados, justamente porque não são obrigados a comer, isso eu acho que é uma coisa muito boa".
Depoimento de Édson Raymundo por causa do santo, para a professora e historiadora Edilza Fontes, dentro do projeto "A UFPA e os Anos de Chumbo: memórias, traumas, silêncios e cultura educacional (1964-1985)". A entrevista faz parte de um acervo digital com base em depoimentos de professores, técnicos administrativos e ex-alunos da Universidade Federal do Pará. O projeto entrevistou 52 pessoas que tiveram atividade acadêmica dentro da Universidade Federal do Pará.
No depoimento, ele fala de sua trajetória, exímio datilógrafo e depois digitador, advogado com escritório reconhecido na Praça; diretor do Colégio Paes de Carvalho; secretário de Estado de Educação na gestão do governador Jarbas Passarinho; membro do Conselho Federal de Educação, nomeado pelo presidente Castelo Branco, a pedido do governador Passarinho, na época da Reforma Universitária, normatizada por decreto; secretário do Ministério da Educação de 1967 a 1969. Depois participou da Abril Cultural até 1974 quando retornou a Belém.