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Sessão discute projetos que aumentam a alíquota de 11% para 14% de contribuição previdenciária
Reportagem: Carlos Boução
Edição: Andreza Batalha
Os projetos de Reforma da Previdência Social no Estado do Pará, enviado pelo governador Helder Barbalho para discussão e votação na Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), receberam, na manhã desta quinta-feira (12/12), uma Sessão Especial, a pedido dos deputados Miro Sanova (PDT), Dirceu Ten Caten (PT) e Marinor Brito (PSOL).
As mensagens assim enviadas mobilizaram os sindicalistas e na Alepa, na última terça-feira (10/12), foram realizadas outras duas reuniões: uma conjunta com deputados das comissões, onde os projetos, preferencialmente, irão tramitar e outra com representantes sindicais.
A proposta do governo do Pará aumenta de 11% para 14% as alíquotas da previdência de cada servidor de forma linear, entre outras medidas, e vem baseada na reforma da previdência promulgada pelo Governo Federal em novembro que determinou aos estados e municípios o aumento das alíquotas de contribuição cobradas de servidores. Ainda estabelece o prazo de adequação para o último dia de julho do ano que vem, para que o Estado e o município não sofram sanções tributárias e fiscais. A regra deverá ser seguida por todos os estados que apresentam ‘deficit’ atuarial nas contas previdenciárias.
O procurador ao relatar o ‘deficit’ previdenciário, informou que o Estado do Pará, no ano de 2019, teve um prejuízo de R$ 1,6 bilhões. "Um dinheiro que saiu dos cofres públicos para o pagamento de aposentadorias e de pensões, enquanto, o governo somente pode investir cerca de 400 milhões, ou seja, ¼ do valor para beneficiar 8 milhões de paraenses". Os aposentados e pensionistas representam 45 mil pessoas no Estado do Pará.
O coordenador do Sindicato dos trabalhadores em Educação, Beto Andrade, pediu a retirada dos projetos em tramitação para que o governador venha debater com as categorias as consequências da reforma da previdência estadual, que veio para Alepa sem nenhum processo de diálogo com as categorias. Os diversos líderes sindicais, em seus discursos no plenário, clamaram a realização de mobilizações contrárias à medida e alguns deles, vendo a necessidade de realização de greves no serviço público para derrubar as medidas.
"O ‘deficit’ atuarial existente no Pará vai ser pago pelos servidores com a cobrança de uma alíquota de 14% do que exceder o salário mínimo dos aposentados e pensionistas. E dos ativos, se persistir o ‘deficit’ atuarial será cobrado uma alíquota extraordinária que poderá ainda ser cobrada dos aposentados e pensionistas. Este índice não tem percentual definido, porque pode ser qualquer percentual a ser rateado no prazo máximo de 20 anos", considerou o presidente do Sindifisco.