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Alepa realiza Sessão Solene para homenagear o dia do Capelão no Pará
Reportagem: Shirley Castilho
Edição: Dina Santos
A Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) sediou, nesta segunda-feira (6), a Sessão Solene em homenagem ao Dia Estadual do Capelão, comemorado em 10 de novembro. A data já faz parte do Calendário oficial do Estado e foi regulamentada pelo Projeto de Lei nº 232/2019, de autoria do deputado Fábio Freitas (Republicanos), requerente da cerimônia. A reunião ocorreu no auditório João Batista.
Presidida pelo deputado Fábio Freitas, a sessão teve a presença de várias autoridades eclesiásticas, da sociedade civil e personalidades públicas. A mesa foi composta pelo secretário de Estado de Justiça, Evandro Garla; presidente da Abecas Capelania Internacional, pastor Janildo Carlos de Abreu Monteiro; comandante da Capelania da Policia Militar do Pará, tenente coronel Daniel Rodrigues da Costa; capitão capelão da Aeronáutica, pastor Cláudio Brito, e outros.
A entrada da bíblia e das bandeiras das capelanias marcou o início da cerimônia, que teve momentos emocionantes com a apresentação do coral Arautos do Senhor e da Banda da PM. O deputado Fábio Freitas disse que seu mandato está em defesa do evangelho e do reconhecimento do valor e da importância do capelão é uma honra. "Somos um muro de proteção para barrar projetos que venham contra a família, e fico feliz em poder dizer que conseguimos sancionar há duas semanas uma lei a respeito da permissão da visita de capelão e pastor nos hospitais, que vão levar uma palavra de paz a quem precisa", lembrou.
Para o deputado, os serviços de capelania são importantes para a sociedade. "É preciso reconhecer a necessidade dos trabalhos da capelania. Muita gente precisa de ajuda espiritual e o capelão é uma autoridade eclesiástica que dá assistência ao próximo e esta homenagem aqui é justa", concluiu.
Os capelães atuam fazendo o acolhimento, aconselhamento, orientação e o direcionamento de pessoas em crise existencial, espiritual ou mental, sem qualquer cunho terapêutico ou de uma função de pastor. Em sua maioria, são voluntários que se dispõem a ajudar o próximo em um ato de amor, mas passam por um curso de capacitação em Capelania, que tem o objetivo de preparar essa pessoa a compreender, a sentir a dor do outro e a ter empatia.
O pastor Janildo Carlos de Abreu Monteiro enfatizou que a Capelania já era uma ferramenta muito utilizada pelo homem para dar assistência e amparo a outros, principalmente no período de guerra. Com a evolução da sociedade, a função emergiu como um eixo fundamental e instrumento para ajudar pessoas tanto na esfera espiritual como social, sendo um agente importante no equilíbrio emocional de uma comunidade.
O ato de resguardar os direitos do Capelão foi o cerne da fala do secretário de Estado de Justiça, Evandro Garla, que contou episódios em que nem sempre o capelão é respeitado em seu direito. O representante do governo estadual colocou a secretaria à disposição para abraçar a causa e pediu que denúncias sejam feitas para coibir e corrigir essas falhas no âmbito da justiça e cidadania.
Em outros países, como nos Estados Unidos, a capelania capacita pessoas para atuar voluntariamente em ações de resgate, catástrofes e em defesa de escolas e igrejas. No Brasil, os capelães atuam na capelania hospitalar, carcerária, social, humanitária, nem sempre com cunho religioso, mas dispostos a servir.
Capelão e seu significado
A palavra capelão quer dizer ministro ordenado, ou seja, é uma autoridade eclesiástica que provê Assistência Espiritual a Regimentos Militares, Escolas, Hospitais, Presídios e Irmandade.
Quem pode ser Capelão?
Para se tornar um Capelão Militar, o interessado deve ser Ministro Religioso - Padre, Pastor etc. -, ter formação superior em Teologia (conforme a Legislação brasileira, Bacharel em Teologia), experiência comprovada no Ministério Cristão, e ser aprovado em concurso público de provas e títulos.
Quem foi o primeiro capelão evangélico no Brasil?
O primeiro capelão evangélico do Brasil foi o pastor batista João Filson Soren (1908-2002), atuando na Segunda Guerra Mundial. Ele serviu a Força Expedicionária Brasileira (FEB) entre 1944 e 1945 e recebeu mais de dez condecorações militares, inclusive a Cruz de Combate de 1ª Classe, a mais alta honraria do Exército.