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16/11/2024 | 09h24 - Atualizada em 16/11/2024 | 09h25

Com apoio da Alepa, 9º Congresso Brasileiro de Saúde Mental destaca ancestralidade e sustentabilidade em Belém

Reportagem: Andrea Santos- AID - Comunicação Social

Edição: Andreza Batalha - AID - Comunicação Social

Crédito: Ozéas Santos (AID/ALEPA)

Trabalhadores, estudantes, usuários, familiares, pesquisadores e ativistas dos Direitos Humanos, da saúde mental e da política de drogas participaram, na tarde desta sexta-feira (15/11), no Hotel Sagres, em Belém, da abertura oficial do 9º Congresso Brasileiro de Saúde Mental. O evento, que ocorre até o dia 17 de novembro, contará com simpósios e minicursos realizados na Universidade da Amazônia (Unama). A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), que tem como presidente o deputado Chicão (MDB), é apoiadora do congresso.

O tema do encontro nacional, "Potências do Bem Viver: ancestralidade, diversidade e sustentabilidade", busca abordar os desafios atuais da saúde mental, ampliando a noção de bem-estar para além da ausência de sintomas e das práticas de cuidado desenvolvidas nos serviços da rede de atenção psicossocial. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e conta com o apoio da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

Ao ser realizado na região Norte, o congresso reforça a importância de abordar a saúde mental sob a perspectiva das singularidades regionais, valorizando os saberes e práticas tradicionais e originárias como contribuições fundamentais para o avanço de uma ciência que transcenda a lógica biomédica. O objetivo principal do 9º Congresso Brasileiro de Saúde Mental é reunir os diferentes atores envolvidos no cuidado em saúde mental e na política de drogas, promovendo debates, reflexões e articulações para influenciar políticas públicas.

Nos últimos anos, a saúde mental tem ganhado destaque no cenário nacional, exigindo discussões ampliadas que integrem práticas de cuidado e o contexto político, enfrentando desafios e promovendo avanços.

Os congressos da Abrasme se consolidaram como o maior evento do campo da reforma psiquiátrica no Brasil, reunindo anualmente milhares de participantes em mesas-redondas, conferências, apresentações de trabalhos científicos e relatos de experiências. Neste ano, o 9º Congresso contará com uma mostra de cinema indígena intitulada "Vozes Ancestrais", além das tradicionais atividades culturais, tendas permanentes baseadas na lógica da educação popular em saúde e dinâmicas promovidas por movimentos sociais. A diversidade, transversal ao tema, será o fio condutor das discussões.

Crédito: Ozéas Santos (AID/ALEPA)

O deputado Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa do Consumidor, Defesa das Pessoas com Deficiência, da Mulher, da Juventude, da Pessoa Idosa e das Minorias (CDH/Alepa), participou da mesa de abertura. Em seu discurso, destacou que a saúde mental tornou-se uma questão estrutural, coletiva e social. “Quando se fala em saúde mental, fala-se em coletividade. Desde a pandemia, a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Direitos Humanos, tem tratado o tema com atenção. A CDH/Alepa montou um grupo de trabalho permanente composto por especialistas e lideranças de movimentos sociais”, declarou. O parlamentar também enfatizou que “não é mais possível discutir qualquer tema sem considerar os transtornos mentais e os impactos sofridos pela população. Este congresso é uma oportunidade para discutir ancestralidade, diversidade e sustentabilidade. É o primeiro a ser realizado na região Norte, e a Alepa tem o prazer de colaborar, pois trabalha para avançar em políticas públicas inclusivas. Sejam bem-vindos a Belém”.

Crédito: Ozéas Santos (AID/ALEPA)

Paulo Amarante, presidente de honra da Abrasme, destacou a ampla participação social no evento e sua relevância. “Estamos aqui para dizer 'não' ao manicômio e às fraudes de comunidades terapêuticas. Defendemos uma política de saúde mental com participação social. Saúde é democracia e um direito universal. Queremos um SUS que ofereça serviços de qualidade. É por isso que lutamos”, afirmou.

Crédito: Ozéas Santos (AID/ALEPA)
Ana Paula Guljor, presidente da Abrasme, ressaltou que a escolha de Belém como sede do congresso está relacionada à diversidade cultural e às questões climáticas da região. “Belém foi escolhida por sua diversidade cultural e relevância para a preservação da vida e do bem-estar. O tema deste ano reflete as especificidades da Amazônia e dos povos originários. Queremos aprender com as experiências desta região e fortalecer políticas públicas sustentáveis no campo da saúde mental, com financiamento específico”, explicou. Guljor também destacou a importância de integrar saberes tradicionais e novas tecnologias desenvolvidas no Pará.

Após a abertura, o congresso deu início à palestra “Potências do Bem Viver: ancestralidade, diversidade e sustentabilidade”, ministrada pelas pajés Cintia Guajajara e Nadia Pitaguary.

Crédito: Ozéas Santos (AID/ALEPA)


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