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28/02/2024 | 14h42 - Atualizada em 28/02/2024 | 14h42

Alepa participa de processo regulatório do café de açaí

Reportagem: Shirley Castilho

Edição: Natália Mello

A liberação e venda do café de açaí nos centros comerciais do Pará caminha para ser concretizada em até um mês. Nesta semana, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) reuniu com a equipe da área de Inspeção Vegetal do órgão, representantes de empresas que produzem o grão torrado de açaí e outras autoridades. O objetivo foi mostrar os avanços das pesquisas que comprovam a inocuidade do "café de açaí" como bebida, produto derivado da utilização do caroço do açaí.

Os dados foram obtidos por meio dos relatórios de inspeção digital feitos por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O deputado estadual Eraldo Pimenta (MDB), incentivador direto da produção na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), esteve representado na reunião pelo seu chefe de gabinete, Manoel Messias.

Na Alepa, o tema já vem sendo tratado como prioridade desde 2023. O deputado Eraldo Pimenta tem sido articulador e mediador pela legalização e promoção desse mercado. ''É de fundamental importância apoiarmos esse processo. O caroço de açaí, por muitos visto hoje apenas como um resíduo, tem um grande potencial de se tornar um produto e gerar emprego e renda para a população paraense. Esse café de açaí, ou grão torrado do açaí, que é o termo correto, se enquadra perfeitamente na ideia de bioeconomia tão falada no sentido de empreendedorismo e sustentabilidade. Então nosso mandato vai continuar à frente em apoio aos fabricantes em nosso Estado'', disse o deputado.

Para Eraldo, o produto padronizado tem a possibilidade de resolver um dos problemas ambientais enfrentados com a sobra de caroço de açaí, descartado sem qualquer critério técnico-ambiental na natureza. 

A atividade já é desenvolvida em mais de 50 fábricas no Pará, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras de Café de Açaí (Abica). Dados da entidade revelam que as fábricas produzem algo em torno de 50 toneladas por mês do produto, gerado a partir da torrefação e da moagem de caroços de açaí. A diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, Lucionila Pimentel, acredita a regulamentação já esteja oficializada em um mês.

A legalização dessa cadeia vai beneficiar os empresários do ramo de grãos de açaí, que continuarão gerando emprego e renda, fortalecendo a economia do Estado. Depois de regulamentado, o produto pode ser encaminhado para apreciação de outros órgãos fiscalizadores e caminhar para ser comercializado em todo país.

Uma reunião foi marcada para ocorrer no dia 19 de março, na sede da Adepará, para a aprovação da câmara técnica. Passada essa etapa, o órgão vai promover ações de fiscalização e as fábricas terão o prazo de seis meses se adequarem ao padrão exigido.