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20/02/2024 | 14h38 - Atualizada em 20/02/2024 | 14h49

Alta do preço do açaí vira debate na Alepa

Reportagem: Shirley Castilho

Edição: Dina Santos

Os deputados usaram a tribuna na primeira Sessão Ordinária de 2024 desta terça-feira (20) para lembrar do preço exorbitante do açaí na capital, que chega a ser cobrado em algumas localidades por até 40 reais o litro, e da necessidade de se buscar alternativas e políticas públicas para amenizar a crise que atinge tanto o vendedor quanto o consumidor final.Deputado Gustavo Sefer

O deputado Gustavo Sefer (PSD) pediu atenção da Casa e do Governo do Estado para a crise do açaí. A deputada Maria do Carmo (PT) lembrou que tem um Projeto de Lei em andamento que trata do Fundo do Açaí, que vai abraçar essas dificuldades no chamado inverno amazônico.Deputada Maria do Carmo

Ano passado, o deputado Chicão, presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), e o deputado Carlos Bordalo, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor (CDHDC) da Casa de Leis, receberam uma comissão de Batedores de Açaí.
Na ocasião, o deputado Carlos Bordalo apresentou Moção solicitando ao governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS, do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – IDEFLOR-BIO e do Ministério Público Estadual, que suspenda a atividade de venda do açaí em embarcações, até que sejam realizados estudos que comprovem, de fato, a viabilidade econômica e a responsabilidade ambiental e social de uma indústria flutuante de beneficiamento de açaí (balsa-indústria), que está operando de forma itinerante em regiões do Estado.Reunião com representantes dos batedores de açaí

A região norte responde por 92,1% da produção total do fruto de açaí no país. Os frutos que são colhidos para abastecer Belém não são mais originais do Pará e Marajó, mas de Macapá, o que justifica o aumento do preço da saca, que chegou a ser vendida no Ver-o-Peso por até R$ 1 mil reais. Em áreas de periferia, o litro do chamado açaí popular está na faixa de 25 a 30 reais.Deputado Chicão, presidente da Alepa

Os deputados estudam alternativas para garantir o alimento tradicional do paraense pelo preço justo e contam para isso com a ajuda do Governo do Estado, que já se manifestou publicamente sobre a crise e prometeu intervir.

O Estado do Pará é o maior produtor nacional de açaí, com um volume anual de 1.389.000 toneladas de frutos e área plantada (Açaí de Terra Firme + Açaí manejado em várzeas) superior a 212 mil hectares (IBGE- PAM, 2020).