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Alepa celebra Sessão Especial em alusão ao Dia Nacional do Surdo
Reportagem: Andrea Santos
Edição: Dina Santos
Instituído pela Lei nº 11.796/2008, o "Dia Nacional dos Surdos" tem como principal objetivo propor a reflexão e o debate sobre os direitos e a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade. Para celebrar a data, a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), realizou Sessão Especial, em alusão à data, na manhã desta segunda-feira (25). O autor da solenidade é o deputado Aveilton Souza.
26 de setembro é o Dia Nacional dos Surdos, data que relembra à sociedade a luta da comunidade surda brasileira por direitos e inclusão. O mês, aliás, é chamado de Setembro Azul, período dedicado à conscientização sobre as conquistas da comunidade surda e como é indispensável a ampliação da acessibilidade. Setembro é um mês de marcos históricos para a comunidade surda, a começar pelo dia 10, celebrado como o Dia Mundial da Língua de Sinais.
De acordo com o deputado Aveilton Souza, "esse diálogo é necessário para entender a necessidade da comunidade surda. A sociedade precisa saber quais os mecanismos devem ser feitos para que os diretos das pessoas surdas sejam atendidos e respeitados de fato. Nesta semana apresentarei uma proposta para a garantia do direto das pessoas com surdez, e pretendemos, também, propor a criação de uma secretária para a comunidade surda do Pará. Precisamos compreender as demandas das diversas pessoas surdas que existem em nosso meio".
Deputado Aveilton Souza
Segundo Nayara Barbalho, coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, a Sessão Especial colabora a produção de mais leis em defesa da comunidade surda. "Essas sessões são muito importantes, daqui poderão sair grandes Projetos de Leis que vão em busca da necessidade da comunidade surda. Parabenizo a iniciativa do deputado Aveilton Souza, a Alepa, que tem trabalhado para que haja mais inclusão das pessoas surdas na sociedade paraense", frisou.
Naiara Barbalho
Alessandra Amaral, secretaria adjunta da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania, destacou que é preciso construir mais, avançar nas políticas públicas para a comunidade surda. "É essencial que existam mais ações de políticas públicas para as pessoas surdas. Esse momento é considerado fundamental para unirmos esforços, para construirmos uma nova história junto com vocês, melhores atuações no que se refere à comunidade surda"
Alessandra Amaral
Ramon dos Santos, 29 anos, trabalha na Alepa há aproximadamente um ano. Ele integra a comunidade surde e pede que a coletividade surda possa ser inserida cada vez mais dentro da sociedade em geral. "Quero que, cada vez mais, o Poder Público como um todo possa olhar mais para a comunidade surda. Às vezes, as pessoas não conseguem entender que somos parte de uma sociedade e que, muitas vezes, somos distanciados dessa sociedade, por falta de mais ações como essa que acontece na Alepa. É importante discutir, dialogar sobre o nosso direito. Algumas pessoas não conseguem entender que não temos culpa de fazermos parte da comunidade surda. A sociedade precisa ter mais consciência sobre nós", pontuou . "Obrigada, deputado Aveilton Souza pela homenagem. É necessário que os nossos diretos sejam mais garantidos", finalizou.
Estiveram na solenidade também, Rafael Borges, presidente da Federação Paraense Desportiva dos Surdos (FPADS); Mariane Xerfan, presidente da Associação de Surdos de Ananindeua; Uisis de Paula Gomes, vice-presidente da Associação de Surdos de Belém; e professor Márcio Cerveira, diretor de esportes da FPADS. Ao final da solenidade, 23 pessoas receberam o Diploma de Homenagem Especial da Assembleia Legislativa do Pará.
Comunidade Surda
O Dia do Surdo foi oficializado em 2008, no Brasil, por meio do decreto de lei nº 11.796. O dia 26 de setembro foi escolhido por ser a data da fundação da primeira escola de surdos no país: o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Fundado em 1857, na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto segue em atividade. Já o Dia Internacional do Surdo ocorre no dia 30 de setembro, bem como o Dia Internacional do Tradutor Intérprete de Línguas de Sinais.
Assim, ao longo de todo o Setembro Azul, a comunidade surda do Brasil também se reúne em eventos dedicados ao debate de suas pautas, como a educação dos surdos e a criação de escolas bilíngues, em que o ensino de Libras – a Língua Brasileira de Sinais - também seja ofertado.
