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27/03/2023 | 14h20 - Atualizada em 28/03/2023 | 09h02

Março Azul-Marinho: Alepa alerta sobre prevenção do câncer de intestino

Reportagem: Andrea Santos

Edição: Dina Santos

27 de março é o Dia Nacional de Combate ao câncer colorretal (intestino). Mês denominado também, de Março Azul Marinho, que se refere à conscientização a esse tipo de câncer, que pode ser prevenido. Na Assembleia Legislativa do Pará, foi aprovado em 2020 o Projeto de Lei nº 35/2020 que dispõe sobre a Campanha Estadual de Prevenção e Combate do Câncer Colorretal, através do exame "FIT - Teste Imuniquímico para Pesquisa de Sangue Oculto". O mês escolhido para a realização da ação foi março. A autora do Projeto de Lei é a deputada Diana Belo. O governo do Pará já sancionou a proposta como  Lei nº 9091/2020. 

"A doença se desenvolve no intestino grosso, isto é, no cólon ou em sua porção final, o reto. O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma. Em 90% dos casos, esse tumor se origina a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, sofre alterações progressivas em suas células. Portanto, a principal forma de prevenção do câncer colorretal é o seu rastreamento por exames como colonoscopias, visando à detecção e retiradas dos pólipos antes de se degenerarem em câncer", diz a parlamentar na justificativa do projeto.Deputada Diana Belo

De acordo com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer colorretal é o terceiro mais frequente entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. 

Em todo o mundo, a incidência da doença vem crescendo entre os adultos jovens, mas a incidência é mais comum entre homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família. "A despeito de ser um dos tipos de câncer considerados preveníveis, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor", lamenta a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico. Oncologista Paula Sampaio

Prevenção -  Apesar da alta incidência, o câncer de intestino pode ser evitado. Isso porque a doença tem início a partir de pólipos - uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%). 

Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos (lesões precursoras do câncer) antes de se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e exames de imagem complementares, capazes de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer.

Para diminuir as chances de ter câncer de intestino é recomendado adotar uma alimentação rica em frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. O desenvolvimento de câncer por fatores de hereditariedade representa entre 5% e 10% dos casos.

Sintomas - Entre os sintomas mais comuns da doença está a alteração do hábito intestinal. Por exemplo: cólica, sangramento durante a defecação, diarreia frequente ou constipação, perda de peso sem explicação e anemia. Entretanto, o paciente também pode não apresentar sintoma nenhum, por isso o check-up é essencial e as chances de cura estão intimamente ligadas ao estágio da doença. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior será a chance de cura. 

Fatores de risco - A incidência de câncer de intestino está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. Ter mais de 50 anos, ser obeso, se alimentar mal e ser sedentário são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver esse tipo de câncer. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool. 

Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também. 

Segundo as estimativas INCA, são 45.630 mil novos casos de câncer de intestino (cólon e reto) previstos para 2023, que correspondem a cerca de 10% de todos os casos da doença no país. Na região Norte do País, o Pará é o estado que apresenta maior incidência, com 640 novos casos previstos para o próximo ano. Em 2022, foram registrados 41 mil novos casos de câncer colorretal no Brasil. 

Para diminuir as chances de ter câncer de intestino é recomendado adotar uma alimentação rica em frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. O desenvolvimento de câncer por fatores de hereditariedade representa entre 5% e 10% dos casos. 

A recomendação atual da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia) é de que pessoas sem histórico de câncer de intestino na família procurem o coloproctologista a partir dos 50 anos. Se houver casos na família, esse acompanhamento deve ter início 10 anos antes da idade que tinha aquele familiar quando foi diagnosticado.