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09/12/2020 | 14h31 - Atualizada em 09/12/2020 | 14h32

Marinor apela ao governador por medidas de proteção ambiental aos povos tradicionais da Amazônia

Reportagem: Lucas Freire

Edição: Lucas Freire

Pesquisa recente feita pela Fundação Fiocruz revelou dados alarmantes em três aldeias da terra indígena Munduruku, no Pará. Segundo o estudo, a cada 10 indígenas, 6 apresentam concentrações de mercúrio em níveis acima do limite considerado seguro por agências internacionais. De acordo com a Fiocruz, estes níveis de contaminação estão relacionados com o avanço do garimpo ilegal nas terras indígenas do povo Munduruku, e, em casos mais avançados, podem provocar problemas respiratórios, renais e atacar principalmente o sistema nervoso, causando problemas na fala e de coordenação motora.

Frente a estas informações, a deputada Marinor Brito (PSOL), titular da Comissão de Meio Ambiente da Alepa, destacou a ampla cobertura do caso, e a necessidade de se tomar atitudes quanto a isso. "São dados que tiveram repercussão estadual e nacional, e que são denunciados historicamente, inclusive na própria Alepa na legislatura passada, com a CPI presidida pelo deputado Carlos Bordalo (PT), que investigou a Hydro, e pela Comissão Externa de Barragens presidida por mim, e que não podem ser ignorados. A contaminação afeta todos os níveis daquela população, da água em que se banham aos peixes dos quais se alimentam. A vida das nossas populações originárias não pode valer menos que o lucro obtido por poucos", comentou.

Em seu pronunciamento, a deputada psolista também apelou ao governo do estado que tome medidas contra a contínua exploração dos recursos do território amazônico no Pará. "É preciso que haja condições para garantir a preservação do nosso território e de nossas riquezas naturais. O governo do estado precisa ter uma postura rígida e fiscalizadora para coibir e punir este verdadeiro crime contra o meio ambiente e o povo amazônico, e se colocar em defesa aos ataques da exploração ilegal dos recursos amazônicos, e que tenha como meta a proteção da Amazônia, das nossas riquezas e, sobretudo, das nossas populações indígenas e quilombolas. A proteção do meio ambiente e do nosso povo deve ser prioridade!"