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25/10/2019 | 10h46 - Atualizada em 25/10/2019 | 13h48

Alepa presta homenagem aos engenheiros agrônomos do Pará

Reportagem: Mara Barcellos

Edição: Syanne Neno

O Pará vem passando por transformações importantes no campo. A produção de cacau, soja, pimenta em grãos, castanha do Pará e açaí ganhou espaços significativos no mercado nacional e internacional. Nesse processo o agrônomo tem papel fundamental, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico do Estado.

Considerando a importância do profissional de Agronomia para o setor produtivo, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará celebrou em Sessão Solene, na tarde desta quinta-feira (24.10), o “Dia do Engenheiro Agrônomo”, comemorado no último dia 12, em alusão à primeira regulamentação da profissão, ocorrida no ano de 1933.

A homenagem aconteceu em atendimento ao requerimento do deputado Eraldo Pimenta, e reuniu agrônomos de instituições públicas e privadas, secretários de governo, professores, pesquisadores, profissionais autônomos, representantes de universidades, de associações ligadas ao setor produtivo e Conselho Regional Engenharia (CREA).

“Convém destacar o trabalho quase anônimo, sem ostentação, do profissional de agronomia, nem sempre valorizado, mas envolvido no domar do solo e por entender as exigências de cultivares e variedades, de orientar administração rural e transferência de conhecimento ao produtor rural. É inegável a participação ímpar do engenheiro agrônomo nesse contexto  desenvolvimentista do Pará”, disse o deputado Eraldo Pimenta.

“É justo reconhecer  que grande parcela dessa realidade está sendo possível graças ao empenho e a dedicação incansável do engenheiro agrônomo, não somente na Região da Transamazônica, como também em todos os rincões do Pará: Xingu, Baixo Tocantins, Baixo Amazonas, Sul e Sudeste, Marajó, Bragantina, ou seja, em qualquer região do Pará onde trabalha o homem rural, o ribeirinho, o pescador, o extrativista, o vaqueiro, o fazendeiro ou o pequeno agricultor, a presença e o conhecimento técnico e científico do engenheiro agrônomo são primordiais”, completou o parlamentar.

Representando o Poder Executivo, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hugo Suenaga, destacou a importância e a contribuição dos profissionais na capacitação e produtividade.

“Todos os agrônomos são fundamentais para a qualidade da produção, levando a transferência de conhecimentos técnicos por meio de vários órgãos executores de assistência técnica e parcerias. Com isso, o Estado ganha em aumento de produção, qualidade e competitividade”, evidenciou.  

Em 68 anos de atividades educacionais, a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) tem se de destacado como a principal instituição de ensino superior que oferta cursos de agronomia no Estado. Ao longo desses anos, capacitou 5.438 profissionais agrônomos, prontos para atuar no mercado. Por ano são ofertadas 350 vagas, distribuídas no Campus de Belém e nos Campi do interior.

Com os avanços das tecnologias e mudanças no mercado, a UFRA tem buscado atender às exigências do mercado, ampliando e modernizando a grade curricular do curso de agronomia.               

“O Agrônomo é indispensável para a segurança alimentar e necessário para a sociedade. A agronomia é atual e precisa ser reconhecida. Como qualquer universidade, a UFRA precisa se reinventar porque o mercado evolui. E a universidade está antenada às mudanças de mercado e preocupada com essa situação, e por isso modernizamos os nossos currículos, modernizamos a forma de ensinar e as pesquisas e o processo de extensão universitária, para que o profissional ao se formar esteja capacitado para o mercado”, explicou Marcel Botelho, Reitor da UFRA.         

Para o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Paulo Augusto Lobato da Silva, a homenagem fortalece a categoria de profissionais de agronomia, que ainda necessita de maior apoio para desenvolver as atividades no meio rural.   

“O momento é importante no sentido de fortalecer a profissão e o trabalho do agrônomo que é feito no campo. As dificuldades que todos os agrônomos e extensionistas enfrentam no campo são inúmeras e inerentes à profissão. Mas existem desafios que precisam ser superados e até pela presença que temos em todos os municípios do Pará, como por exemplo maiores investimentos em recursos, aparelhamento, novas tecnologias. Mas isso não nos impede de trabalhar para melhorar a vida do homem do campo, levando conhecimentos técnicos para melhorar a produção no campo, já que esse trabalho faz parte da nossa rotina, é a nossa missão”, disse.          

Na ocasião cerca de 150 profissionais agrônomos foram agraciados com a Comenda de “Homenagem Especial”, pelos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento do Estado do Pará. Entre eles, vários ex-deputados estaduais graduados em Agronomia. A ex-deputada Rosa Hage foi uma das homenageadas. A parlamentar foi a primeira mulher agrônoma a ter  mandato no Poder Legislativo Estadual, nas eleições de 1994.  

“É uma grande honra estar aqui recebendo essa homenagem, porque muito me honra ser engenheira agrônoma. Eu saí da capital para o interior e ajudei a desenvolver a região de Prainha com projetos na área de Agronomia e de lá vim para o parlamento e daqui fui para a presidência do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Eu sou agrônoma antes de qualquer outra atividade e amo a profissão que escolhi”, evidenciou Rosa Hage.              

Ao longo de sua trajetória política, a Assembleia Legislativa do Pará contou ainda com outros deputados engenheiros agrônomos, tais como Lira Maia, José Megale, Hildegardo Nunes e Wandenkolk Gonçalves.