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12/01/2024 | 08h30 - Atualizada em 11/01/2024 | 18h53

Cidade das Mangueiras, Belém do Pará comemora 408 anos de história e conquistas

Reportagem: Rodrigo Nicolau

Edição: Natália Mello

A capital do estado do Pará, conhecida por muitos como a metrópole da Amazônia, Santa Maria de Belém do Grão Pará, ou Belém, celebra nesta sexta-feira (12) 408 anos de história e de conquistas para o povo cabano que aqui vive. A cidade preserva por séculos inúmeros locais paisagísticos, hoje tombados, e atrai milhares de turistas todos os anos, seja de outros estados do Brasil ou de fora do país.

Além dos encantos das belezas naturais aqui existentes, música, culinária e até mesmo a tradicional chuva da tarde são ingredientes importantes nessa mistura que resulta em uma das culturas mais ricas do Brasil. Claro, sem falar do povo acolhedor que se torna um dos principais atrativos da cidade.

Cidade escolhida para ser a sede da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em novembro de 2025 – COP 30, Belém do Pará conta hoje com uma população que aproxima-se dos 1,3 milhão de habitantes, de acordo com o último censo demográfico divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, o que representa uma queda de -6,46% em comparação com o censo de 2010.

Turismo e Lazer
Para os turistas que vêm conhecer e para os moradores da grande Belém, opções para se divertir com a família e com os amigos não faltam: Estação das Docas, Mangal das Garças, Theatro da Paz, Museu Paraense Emílio Goeldi, Forte do Presépio, Parque Estadual do Utinga, Mercado do Ver-o-Peso, Casa das Onze Janelas, são alguns dos espaços abertos para visitação que preservam a história e os detalhes em cada canto da cidade, originalmente vindos e presentes na Amazônia.

Legislação
Várias proposições também visam o reconhecimento do valor histórico e cultural de Belém. A Assembléia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou recentemente o Projeto de Lei (PL) de n° 692/2023, de autoria do deputado Chicão (MDB), que declara e reconhece como de Utilidade Pública para o Estado  o Instituto de Navegação e Sustentabilidade da Amazônia, no município de Belém. Vale destacar que tramita pelo parlamento paraense um projeto de lei solicitado pelo presidente Chicão, que pede que o Círio de Nazaré seja declarado Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado.

Além disso, foi aprovado pela Alepa o PL de n° 352/2022, de autoria da ex-deputada Dilvanda Faro que declara de utilidade pública para o Estado a Associação do Residencial Paulo Fontelles (ARPAFON), com sede no município de Belém, em reconhecimento aos serviços prestados à sociedade.

Por fim, de autoria do ex-deputado Igor Normando, o legislativo paraense aprovou o PL de n° 56/2022, que declara e reconhece como de Utilidade Pública para o Estado a Associação Esportiva e Social da Marina Pública de Belém (AMARBELÉM).

História
A cidade de Belém surgiu com a ocupação da foz do rio Pará e a partir da construção do Forte do Presépio e da primeira capela, em 1616, por Francisco Caldeira Castelo Branco e seus comandados. O objetivo era criar um sistema estratégico de expansão do império ibérico nas Américas. Essa ocupação resultou, sobretudo, da política econômica mercantilista praticada por Portugal e Espanha, desde o século XV.

O Forte foi erguido na confluência do rio Guamá com a baía de Guarajá. Até fins do século XVII, Belém tinha uma malha urbana formada por ruas estreitas com quadras compostas por lotes delgados com edificações erguidas sobre o alinhamento dos lotes e sem recuos laterais.

No século XVIII, a Coroa Portuguesa tomou medidas incentivadoras do desenvolvimento econômico, e Belém foi elevada à sede da capital do Estado do Grão-Pará e Maranhão (até então era São Luís), e surge a Companhia de Comércio do Grão-Pará.

Esses foram dois marcos da política pombalina para a transformação da cidade. O objetivo era não só extrair e comercializar os recursos florestais nativos (drogas do sertão), mas transplantar para a Amazônia o cultivo de cravo, canela e pimenta, relançando Portugal no caminho das especiarias.

Belém passou, então, a viver um de seus períodos de prosperidade, gerado pela Companhia de Comércio (empresa responsável pela inserção da mão de obra dos escravos negros na Amazônia), que começava a integrar a Região Amazônica à economia do mercado internacional e alcança um ritmo mais acelerado de crescimento com a extração e importação da borracha.

A expansão do bairro da Cidade Velha estava "bloqueada" pelo igarapé Pirí, enquanto o bairro da Campina adquiria prédios de nova dimensão: sobrados, edifícios públicos e igrejas, onde também encontra-se a sede do legislativo paraense, recentemente reformada e modernizada pelo presidente Chicão.

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