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Arte, um trabalho feito com amor
Reportagem: Ascom
Edição: Dina Santos
As primeiras manifestações artísticas surgiram no período Neolítico, por volta de 7000 a.C. à 2500 a.C., momento marcante da Pré-História, onde a vida do homem primitivo passou por diversas transformações. Foi quando ele aprendeu a polir pedras, fabricar cerâmica e tecer fibras animais e vegetais. Também foram feitos os primeiros registros imagéticos, com a arte rupreste em cavernas.
O artesão é o profissional que domina todos os recursos existentes para a produção manual de objetos que lhe proporcionam a sobrevivência econômica. Além disso, quando o trabalho é utilizado como forma de expressão, é elevado à categoria de arte.
Esta arte engloba toda tessitura manual, elaborada quase sempre por uma única pessoa, portanto dificilmente ela é considerada um trabalho coletivo. Neste trabalho mais de 80% do objeto é produzido através da conversão do material utilizado pelo artesão em objeto artesanal.
Quando você compra um presente artesanal, algo feito à mão, quando você adquire alguma roupa, acessórios ou objetos feitos a mão, você está comprando mais que um objeto ou presente estará levando um pouco da alma de quem que a fez e também levando as horas e dias de dedicação, esforços, amor, noites sem dormir, várias experiências, acertos e erros e, por fim, a competência, o carisma, a criatividade.
Na Assembleia Legislativa do Pará, o amor pelos trabalhos manuais como forma de expressão podem ser encontrados escondidos nos setores da Casa de Leis. São talentos que se dedicam, seja como hobby, seja para passar o tempo ou mesmo para aumentar sua renda mensal, e surpreendem pelo que são capazes de produzir fora de suas atividades profissionais habituais.
Dina Santos, jornalista da Assessoria de Imprensa, conta que desde de criança sempre gostou de desenhar. "Costumava rabiscar as margens do caderno, na escola. Sempre tinha desenhos ao lado dos conteúdos que estudava nas aulas", lembra. Dos rabiscos iniciais e o interesse pela arte, a evolução foi natural. "Procurava revistas especializadas em desenho e pintura e fazia em casa, como autodidata. Dos desenhos a lápis, passei para as telas e tintas".
Os quadros decoram a própria casa ou de amigos e familiares, presenteados por ela. "Se for contar, tenho quadros em vários lugares do Brasil, com pessoas que valorizam essas obras de arte por que sabem que foram feitas para elas, por alguém de quem gostam", avalia Dina Santos.
"Atualmente, tenho pouco tempo para me dedicar aos trabalhos artísticos, mas sempre que posso, faço objetos para decoração em casa, e nunca larguei o hábito de ter lápis de cor ou grafite por perto para desenhar", garante.
Lú Moraes trabalha na Procuradoria da Alepa. Ela foi uma das pioneiras quando foi criado o FEART – Festival de Artes dos Servidores da Alepa. O FEART foi instituído por decreto, autorizado pelo então presidente Ronaldo Passarinho, e é hoje o mais antigo em atividade, em todas as Assembleias Legislativas do Brasil.
Lú MoraesEm mais de 20 anos, Lú se dedica a aprimorar suas habilidades artísticas, com cursos de artesanato. "Trabalhava com caixinhas decoradas, e há alguns anos, descobri a técnica de pinturas em mesas e banquinhos, com criatividade e técnicas variadas", explica.
Papel de decoupage, tecidos, retalhos, pastilhas de lajotas, almofado, pátina envelhecida ou laqueada, tudo pode ser usado na produção das peças. Entre seus trabalhos em pintura, os banquinhos ganham figuras de pontos turísticos de Belém, cantores de rock, crianças, atores e cantores internacionais e nacionais, além das paixões por times de futebol, como o Remo e o Payssandu. As peças são vendidas, mas a felicidade de Lu é completa quando agrada plenamente seu cliente e com isso sua autoestima levanta vôo.
Olívia LimaAs aulas de artes manuais na escola foram o incentivo para Olívia Luna de Lima se tornar uma artista artesã, e exercer a atividade até hoje, com muita alegria. "É como uma terapia. O prazer de criar objetos é muito grande, e sempre que posso, participo de exposições".
O amor pelas artes é tanto que Olivia passou a ensinar. Ela já ministrou vários cursos para o FEART, ajudando os servidores a descobrirem seus talentos e ensinando as técnicas que pratica. Há 20 anos ela participa e dá apoio as exposições do FEART e está torcendo para que as atividades sejam retomadas, com as feirinhas. "Com amor, podemos produzir de tudo: Jogos de banheiro, cozinha, pesos de portar, enxovais de bebê, depende apenas do que o cliente pede", garante.
Aos 66 anos, Olívia nem pensa em deixar de fabricar suas artes, o que a torna uma pessoa mais dinâmica e cheia de vitalidade.
Reportagem: Carmem Souza

