A tarde de sexta-feira, 14 de novembro, no estande da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) na Green Zone da COP 30, foi marcada por uma série de painéis focados em cooperação institucional, bioeconomia e financiamento sustentável, temas cruciais para o desenvolvimento da Amazônia. Os debates contaram com a participação de representantes do Senado Federal e de deputados estaduais, reforçando o protagonismo do Poder Legislativo paraense na Conferência do Clima.

O primeiro painel da tarde, conduzido pelo Senado Federal, abordou a fundamental importância da cooperação institucional para impulsionar a agenda da sustentabilidade no país. O debate ganhou destaque com a menção à histórica adesão da Alepa à Rede Nacional de Sustentabilidade no Legislativo.

A Alepa se tornou a primeira casa legislativa da região Norte a integrar a Rede. Essa adesão foi formalizada durante o Encontro Regional Interlegis, em novembro de 2024, no Palácio Cabanagem. O termo de parceria foi uma iniciativa liderada pelo presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB), e pelo senador Jader Barbalho (MDB), visando estabelecer um intercâmbio de práticas e o desenvolvimento de ações para uma gestão pública eficiente e sustentável.

A Rede Nacional de Sustentabilidade no Legislativo, que é constituída pelo Tribunal de Contas da União, Senado Federal e Câmara dos Deputados, tem como objetivo central promover o intercâmbio de práticas e o desenvolvimento de ações voltadas para uma gestão pública sustentável e eficiente em todo o Poder Legislativo.

Em um foco direto na bioeconomia e na recuperação florestal, o deputado estadual Eraldo Pimenta (MDB) liderou o painel que discutiu o reflorestamento sustentável do cacau e do açaí. O debate se concentrou em como o manejo ecológico dessas culturas pode servir como uma poderosa ferramenta de desenvolvimento econômico sustentável e regeneração ambiental na Amazônia, promovendo renda e conservação ao mesmo tempo. 

Encerrando a programação da tarde, o deputado estadual Fábio Freitas (Republicanos) conduziu o painel sobre sustentabilidade financeira nos negócios. A discussão explorou estratégias e práticas essenciais para garantir a viabilidade econômica de empreendimentos que adotam princípios sustentáveis, com um foco especial na captação de recursos e na gestão de riscos em um mercado cada vez mais consciente e exigente em relação à pauta ESG (Ambiental, Social e Governança), crucial para o futuro empresarial da região amazônica.