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Notícia FRTPA

14/11/2025 | 16h00 - Atualizada em 14/11/2025 | 17h56

Entrevista com Verônica Goyzueta na cobertura especial da COP30 para Rádio Alepa FM 101.5

Reportagem: Shirley Castilho- FRTPA - Comunicação

Edição: Angelina Anjos- FRTPA - Comunicação

 
A Rádio Alepa FM 101.5 levou ao ar esta semana uma entrevista especial com a jornalista profissional com ampla experiência internacional e colaboradora especial da equipe da Fundação Rádio e TV Alepa na cobertura da COP30. Verônica, que já atuou como correspondente em grandes veículos e é cofundadora do portal Sumaúma, compartilhou sua visão sobre os desafios e responsabilidades do jornalismo ambiental em um evento de alcance global. Para ela, esta edição é decisiva por ocorrer no coração da floresta que há décadas sofre os impactos diretos das mudanças climáticas.

Durante a conversa, ela destacou a importância de traduzir temas complexos, como justiça climática e políticas ambientais, para uma linguagem acessível ao público.

Segundo Verônica, a COP30 é um momento histórico para o Pará e para a Amazônia, e exige compromisso dos meios de comunicação para garantir que a sociedade compreenda as decisões, discussões e impactos que sairão do encontro.



A jornalista ressaltou ainda a relevância da presença da Rádio Alepa no evento, reforçando que a comunicação pública tem papel fundamental na democratização das informações e na ampliação das vozes amazônicas — especialmente aquelas de comunidades tradicionais, pesquisadores, lideranças políticas e ambientais.

Para Verônica, a cobertura da Rádio Alepa oferece ao Pará uma oportunidade singular de mostrar ao mundo suas potencialidades, desafios e, principalmente, seu protagonismo na agenda climática global.

Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e participação em outras COPs, Verônica relatou que cada jornalista faz seu próprio caminho dentro da conferência.“É impossível cobrir tudo. Eu busco minhas histórias conversando com as pessoas, percebendo o que está nas entrelinhas dos grandes debates.'' disse.

A jornalista reconheceu que houve preocupação internacional com especulação de preços na cidade, mas ressaltou que a hospitalidade paraense superou esse episódio. Ela mesma está hospedada na casa de uma família local.“Isso não saiu nos jornais, mas muita gente em Belém abriu as portas. A cidade está dando conta.”

Comparando três décadas de conferências, Verônica foi direta: apesar dos avanços, o ritmo é lento e falta coragem política.“Existe uma única decisão que mudaria tudo e não custa nada: demarcar os territórios indígenas.”

Segundo Verônica, a COP30 em Belém se diferencia de todas as anteriores por reunir, de forma inédita, povos indígenas e comunidades tradicionais de diversos continentes.

Ela lembrou que 29 demarcações estão paradas, e que a efetivação delas seria a solução climática de maior impacto e menor custo.

Para ela, países desenvolvidos ainda evitam reconhecer sua responsabilidade histórica pela crise climática:“Eles não querem colocar a mão no bolso e não querem admitir a dívida ambiental de 200 anos de industrialização.”

Segundo Verônica, a COP30 em Belém se diferencia de todas as anteriores por reunir, de forma inédita, povos indígenas e comunidades tradicionais de diversos continentes. “É muito necessário que os líderes venham e conheçam os temas da Amazônia. Aqui estão as populações mais afetadas pela crise climática”, afirmou. 


A Coordenadora Geral da Fundação Rádio e TV Alepa, Angelina Anjos, com o apresentador Raphael Guimarães, a jornalista Verônica e Alessandra Baia, também da Fundação.

A jornalista acredita que a COP na Amazônia marca uma mudança de era:“Aqui está todo mundo: povos indígenas, juventudes, organizações, pesquisadores. A COP dentro da floresta é outro nível.”
Veja a entrevista na íntegra aqui:

As informações contidas nesta seção são de responsabilidade da FRTPA.