Você está em: Portal Alepa / Notícias / Câncer de ovário: entre os cânceres ginecológicos, é o mais letal
Notícia
Câncer de ovário: entre os cânceres ginecológicos, é o mais letal
Reportagem: Dina Santos- AID - Comunicação Social
Edição: Dina Santos- AID - Comunicação Social
O câncer de ovário não tem uma incidência tão alta quanto o de mama e o de colo de útero, por exemplo, mas, entre os chamados cânceres ginecológicos, é o2º mais comum e o mais letal. E quando se trata de um tipo de câncer que não têm exames específicos de rastreamento, a avaliação médica regular é ainda mais importante. Toda mulher deve ir ao ginecologista para consultas e exames periódicos, de rotina. Essa é uma das recomendações mais importantes para a prevenção do câncer de ovário.
“O câncer de ovário é um dos mais silenciosos e letais entre os ginecológicos. Muitas vezes, os sintomas aparecem tarde demais. Por isso, é fundamental que as mulheres conheçam seus corpos, façam acompanhamento regular e tenham acesso à informação. A prevenção ainda é o caminho mais poderoso que temos. Como mulher, como parlamentar e como médica ginecologista, reforço meu compromisso com todas as políticas que ampliem o diagnóstico precoce e o cuidado integral à saúde da mulher”, ressaltou a deputada Ana Cunha.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 7.310 casos novos e quase 4 mil óbitos por ano. O câncer de ovário é o oitavo câncer mais comum no Brasil, mas na região Norte é o sétimo tipo mais incidente, sem considerar o câncer de pele.
O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Por este motivo, o Maio Azul foi escolhido para alertar a população sobre a importância da conscientização sobre a doença e os cuidados necessários para que o câncer de ovário seja diagnosticado o mais precocemente possível.
Em 2025, mais de 400 mil pessoas, em quase 50 países, devem ser impactadas por informações que podem salvar a vida de milhares de mulheres. Criada em 2013, a data é difundida por uma ONG sem fins lucrativos chamada Coalizão Mundial de Câncer de Ovário, que tem a parceria de mais de 130 organizações ligadas a essa doença.
“O câncer de mama tem a mamografia e o de colo de útero o Papanicolau como exames de rastreamento muito eficientes, mas o câncer de ovário não tem. Isso é um problema. Não existe um exame específico indicado para a mulher fazer, periodicamente, mesmo sem sintomas. Isso dificulta o diagnóstico precoce. Exame de rastreamento é aquele que, comprovadamente, por meio de pesquisas, é capaz de diminuir mortalidade. É capaz de detectar precocemente a doença”, explica a médica oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico.
Prevenção primária
Segundo a médica Paula Sampaio, medidas de prevenção primária ajudam a diminuir as chances de a pessoa ter o câncer de ovário. “Um maior número de ciclos ovulatórios aumenta o risco de câncer de ovário e, inversamente, um número menor de ciclos - por exemplo, durante a gravidez e a amamentação - reduz o risco. A pílula anticoncepcional pode reduzir quase pela metade o risco de câncer de ovário, se tomada por cinco anos ou mais”, orienta a médica.
Sinais e sintomas
O câncer de ovário pode provocar vários sinais e sintomas que são confundidos com outras condições clínicas. Mas, no câncer de ovário esses sintomas tendem a ser persistentes. É muito importante ficar atenta a qualquer alteração, se uma mulher apresentar esses sintomas quase que diariamente, por semanas, deve procurar atendimento médico.
• Inchaço abdominal com perda de peso.
• Dor pélvica ou abdominal.
• Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude.
• Necessidade urgente e frequente de urinar.
• Alterações menstruais
Outros sintomas possíveis do câncer de ovário:
• Fadiga.
• Dor nas costas.
• Dor durante a relação sexual.
• Constipação.
