Nesta quarta-feira, 2 de abril, o mundo celebra o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Simbolizado pela cor azul, o mês é dedicado à inclusão e à sensibilização sobre o tema, destacando os desafios e promovendo debates para coibir o preconceito e a discriminação contra as pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Dulciane Huhn é terapeuta ocupacional. A profissional, que diariamente compartilha com seus pacientes a plena dedicação e carinho pelo ofício que escolheu seguir, ressalta de que maneira a terapia auxilia no tratamento das pessoas com TEA. 

“O autismo é um transtorno difuso do desenvolvimento infantil e, por essa razão, ao longo de seu crescimento e desenvolvimento, diversas áreas do corpo humano podem ser comprometidas, como as áreas sensoriais, motora e da comunicação. O terapeuta ocupacional auxilia o paciente com autismo, e, em comunhão com seus familiares, os orienta para que possam atuar de forma contínua, visando o desenvolvimento de suas potencialidades, e oferecendo o maior grau possível de autonomia e independência”, detalha a profissional.

“Eu costumo dizer que a intervenção terapêutica não se restringe ao consultório. Deve continuar durante o convívio familiar, em casa, na escola, no trabalho. Não existe uma ’receita de bolo’ para a intervenção. Cada pessoa é única e por isso precisa de seu plano terapêutico individualizado”, esclarece Dulciane.

Fonoaudióloga há quase 20 anos, Pablicia de Moura explica como a especialidade contribui para aprimorar ainda mais a vida dos pacientes diagnosticados com autismo.

“A fonoaudiologia desempenha um papel fundamental na reabilitação dos pacientes com autismo. Durante o tratamento, proporcionamos inúmeras maneiras para que haja o estabelecimento de uma comunicação eficiente, seja por meio da fala propriamente dita, ou através do suporte alternativo (CAA-Comunicação Alternativa Aumentativa), visto que algumas pessoas podem apresentar necessidades complexas de comunicação (NCC), enquanto outras conseguirão adquirir a fala”, explica Pablicia.

Segundo ela, atuar na área da fonoaudiologia com os pacientes com autismo é transformador. “Para mim, poder contribuir para que haja o pleno restabelecimento da comunicação dos meus pacientes com autismo é, sem dúvidas, muito gratificante. Ao ver, durante o dia a dia, que através do meu trabalho vidas são transformadas, me engrandece enquanto ser humano e profissional”, expressou.

Legislação Estadual

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou o projeto de lei (PL) que deu origem à Lei n° 10.745. Sancionada pelo governo do Estado, a proposição, de autoria do deputado Lu Ogawa (PP), institui o Programa Estadual de Atenção e Inclusão "Autista nas Empresas", define seus propósitos e cria o selo de reconhecimento "Empresa Amiga da Pessoa Autista".

Origem da data

Vale lembrar que o autismo é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro e afeta aspectos da comunicação, linguagem, comportamento e interação social. O  autismo foi classificado como um espectro em 2013, pela American Psychiatric Association – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª edição. O autismo é classificado em três níveis, que variam de acordo com a necessidade de suporte:

Autismo nível 1 – pouca necessidade de suporte

Autismo nível 2 – necessidade de suporte moderada

Autismo nível 3 – muita necessidade de suporte

Vamos saber mais sobre a condição? Confira informações abaixo:

O que é?

Como é feito o diagnóstico?

Quais as causas?

Existe tratamento?