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26/09/2024 | 19h49 - Atualizada em 26/09/2024 | 19h54

Alepa comemora 10 anos de registro do carimbó como patrimônio cultural nacional

Reportagem: Dina Santos- AID - Comunicação Social

Edição: Natália Mello- AID - Comunicação Social

Para celebrar o aniversário do registro do Carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro, a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) realizou, nesta quinta-feira (26/09), uma Sessão Especial solicitada pelo presidente da Casa de Leis, deputado Chicão. A sessão foi presidida pelo deputado Fábio Freitas.

“O carimbó é um dos maiores tesouros nacionais, representa não apenas a musicalidade de um ritmo, mas também a identidade do nosso povo. Além de comemorar, devemos refletir sobre o nosso papel na preservação dessa arte. É nossa responsabilidade preservar o carimbó e o que ele representa como símbolo da identidade regional, que nos conecta com nossas raízes e revela o poder transformador da cultura”, destacou o deputado Fábio Freitas.

Segundo Rosa Arraes, representante da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), “é uma alegria estar nesta comemoração pelos 10 anos do reconhecimento do carimbó como patrimônio cultural do Brasil. Continuamos trabalhando para manter nossa tradição e valorizar nossa cultura”.

O diretor de cultura da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Júnior Soares, ressaltou que “é importante esse reconhecimento para preservar o carimbó para as próximas gerações. Manifestações como o carimbó são traços da nossa identidade que nos representam”.

A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Cristina Nunes, avaliou que o carimbó “faz parte do DNA dos paraenses. Quero agradecer a esta Casa de Leis, que compreende a importância de comemorar essa data. O registro do patrimônio é um patamar da valorização da cultura popular”, finalizou.

Cultura e memória paraense
Em 11 de setembro de 2014, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido na sede do Iphan, em Brasília, aprovou por unanimidade o registro do Carimbó como Patrimônio Cultural do Brasil. Muito mais que uma manifestação cultural, as formas de expressão contidas no Carimbó estão expressas em seus aspectos artístico, cultural, ambiental, social e histórico da região amazônica.

Há mais de dois séculos, o Carimbó mantém sua tradição em quase todas as regiões do estado paraense e tem se reinventado constantemente. Seus instrumentos, sua dança e música são resultados da fusão das influências culturais indígena, negra e ibérica; e a memória coletiva dos mestres e seus descendentes tem mantido vivos, estes aspectos.

Entretanto, a principal característica do Carimbó está nas formas de organização e reprodução sociais em torno dele, no cotidiano de sociabilidade dos carimbozeiros, seja ele relativo ao dia-a-dia do trabalho ou das celebrações religiosas e seculares.

O pedido de registro foi apresentado pela seguintes entidades: Irmandade de Carimbó de São Benedito, Associação Cultural Japiim, Associação Cultural Raízes da Terra e Associação Cultural Uirapurú, com a anuência das comunidades. Assim, entre os anos de 2008 e 2013, o Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan) e a Superintendência do Iphan no Pará conduziram o processo de Registro e acompanharam as pesquisas para a Identificação do Carimbó em diversas regiões do estado.