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24/04/2024 | 19h46 - Atualizada em 24/04/2024 | 20h07

Alepa investe em acessibilidade e transparência nas transmissões com a Língua Brasileira de Sinais

Reportagem: Rodrigo Nicolau - AID - Comunicação Social

Edição: Natália Mello - AID - Comunicação Social

Nesta quarta-feira (24), data em que o Brasil celebra os 22 anos de vigência da Lei de n° 10.436, que institui a Língua Brasileira de Sinais – Libras, a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) ressalta a importância desse método de comunicação na transmissão das sessões. Seja na televisão ou internet, com os profissionais capacitados na língua de sinais é possível levar o melhor da informação ao espectador, em especial para as pessoas com algum tipo de deficiência auditiva.

Natalia Reis é uma das tradutoras da língua de sinais da TV Alepa. A profissional destaca como o trabalho feito na comunicação, direcionado em especial às pessoas surdas, garante o acesso claro à informação de maneira cada vez mais acessível e inclusiva.

"A minha atuação como tradutora intérprete começou há poucos mais de 5 anos, e na Alepa eu exerço esse ofício tem uns três anos e meio. Eu destaco que as pessoas surdas, hoje, estão inseridas em todos os espaços (onde sempre deveriam estar), e são garantidas a todas elas, por lei, o direito de acesso à informação. E poder fazer esse trabalho, na sede do Poder Legislativo, onde são elaboradas, discutidas e apresentadas as leis que vão reger a vida de cada cidadão, é uma imensa alegria. A partir do momento que o Parlamento contrata profissionais para atuar nesse sentido, o direito legal da pessoa surda é garantido", destaca Natália.

Dyego Silva atua também como intérprete de libras no Parlamento Estadual. O educador fala sobre os desafios enfrentados na sua carreira para atuar como comunicador de Libras.

"Passar a fazer parte do time da TV Alepa, para contribuir com Língua Brasileira de Sinais, sem dúvidas, foi um grande desafio na minha vida profissional. Trata-se de um contexto diferente do habitual, onde estamos Ao Vivo, nas transmissões das Sessões Parlamentares, em que o uso de termos técnicos, jurídicos, até então conhecido por poucos, precisa ser repassado ao público, em especial aos surdos, da forma mais clara e acessível. Isso nos faz estar cotidianamente estudando, procurando nos aperfeiçoar, para exercer esse trabalho tão lindo e inclusivo que é a comunicação em libras'', disse Dyego.

Legislação
De autoria do deputado Fábio Figueiras (PSB), o Parlamento Paraense apresentou o Projeto de Indicação de n° 12/2022, que indica a necessidade dos professores da rede de ensino básico, das escolas públicas e privadas, receberem o treinamento adequado para estarem aptos a ministrar aulas em Libras (Língua Brasileira de Sinais). O objetivo é a inclusão dos educandos com deficiência auditiva no Estado. Já o segundo Projeto de indicação (n° 41/2022), de autoria do deputado Carlos Bordalo (PT), trata sobre a obrigatoriedade da presença de Intérprete de Libras nos hospitais e unidades básicas de saúde do Pará.

Língua Brasileira de Sinais – Libras
A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (FENEIS) define a Língua Brasileira de Sinais como a língua materna dos surdos brasileiros, podendo ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumento linguístico. Além disso, as Libras possuem todos os elementos classificatórios identificáveis numa língua e demandam prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua.