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24/04/2024 | 14h29 - Atualizada em 24/04/2024 | 14h29

Bordalo destaca caso de idoso levado morto ao Banco para discutir o aumento da violência contra os idosos

Reportagem: Carlos Boução - AID - Comunicação Social

Edição: Natália Mello - AID - Comunicação Social

O vídeo da mulher empurrando um idoso morto em uma cadeira de rodas para tentar sacar dinheiro em uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, foi destacado em plenário durante pronunciamento do deputado Carlos Bordalo (PT), no grande expediente da sessão desta terça-feira (23). O objetivo do discurso foi trazer para debate o crescimento do número de denúncias de violência contra os idosos em 2024 e ainda registrar repúdio, tristeza e indignação pela instrumentalização da cena dramática para pilhéria e o escárnio nas redes sociais.


A cena mórbida, digna de um filme de terror, viralizou e foi destaque dos noticiários da mídia tradicional no Brasil e no exterior, causando indignação e revolta, porque Paulo Roberto Braga, de 68 anos, já estava morto, quando da tentativa desesperada da sobrinha de fazer ele assinar um pretenso empréstimo de R$ 17 mil.


Depois do holofote todo que o caso teve, foi noticiado que o senhor da cena morava sozinho em uma garagem, com cerca de quatro metros quadrados, sem janela, armário ou qualquer conforto que um ser humano deveria ter, principalmente uma pessoa idosa, com a saúde debilitada e precisando de cuidados especiais.


Para o deputado Bordalo, o caso chama a atenção e vem demonstrar a grande vulnerabilidade a que os idosos estão expostos. Em 2024, somente nos três primeiros meses, foram registradas 42.995 denúncias de violações contra pessoas de 60 anos de idade ou mais na Ouvidora Nacional de Direitos Humanos. Os números são muitos superiores aos registrados em 2023 (33.546) e em 2022 (19.764).


Os abusos mais comuns contra os idosos são a negligência (17,51%), exposição de risco à saúde (14,68%), tortura psíquica (12,89%), maus-tratos (12,20%) e violência patrimonial (5,72%).

Após informar esses dados estatísticos, o deputado considerou que não se sabe ainda o que leva familiares a agredir ou a explorar os seus idosos. “Mas há fatores comuns como a exaustão do cuidador, falta de preparo ao cuidar de pessoas fragilizadas, falta de conhecimento, desconhecimento da lei e condições socioeconômicas precárias”, considerou, mas sinalizou que cada caso tem particularidades a serem observadas.


Bordalo ressaltou ainda outras causas que se associam e citou condições de vida e o desemprego, o que, para ele, favorecem o cometimento de crimes contra os idosos, como empréstimos consignados, extorsão, pressão e violência psicológica.