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Produtores são homenageados em sessão especial pelos 67 anos da Ceplac
Reportagem: Carlos Boução - AID - Comunicação Social
Edição: Natália Mello - AID - Comunicação Social
Os 67 anos de fundação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), cujo aniversário é celebrado no dia 20 de fevereiro, foram comemorados na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) nesta segunda-feira (18), em uma sessão especial solicitada e coordenada pelo deputado Eraldo Pimenta (MDB).
Na oportunidade, os produtores rurais paraenses Miriam Federicci e Robson Brogni, ambos de Medicilândia, receberam Placas de Homenagem Especial do Poder Legislativo e do Governo do Estado. Eles obtiveram, respectivamente, medalha de ouro e de prata para a América Latina no Cacao of Excellence, edição/2023, na Semana do Cacau de Amsterdã (Amsterdan Cocoa Week), na Holanda. Outras 20 pessoas receberam diplomas de homenagem especial por suas colaborações ao setor econômico da produção de cacau no Pará e na Amazônia.
O Cacao of Excellence é considerado a premiação de maior prestígio do mundo, ao reconhecer produtores de amêndoas excepcionais pela qualidade superior e diversidade de sabores de todos os cantos do planeta. Para a edição de 2023, o CoEx recebeu 222 amostras de amêndoas da fruta de 52 origens diferentes provenientes de quatro grandes regiões: África e Oceano Índico; Ásia e Pacífico; América Central e Caribe; e América do Sul.
Pará lidera produção no Brasil
Para o deputado Eraldo Pimenta, a Ceplac merece a homenagem porque fez do Cacau do Pará ser um dos melhores do mundo, o que levou o Estado a ser o maior produtor do país. Com a produção, o Brasil passou a ser o segundo maior produtor do mundo. “Parabéns a todos os profissionais, técnicos, aos extensionistas, os engenheiros, essa grande família Ceplac, pelo que trouxeram para a região, pela tecnologia, pelo que trabalharam no Pará”, disse, sendo muito aplaudido pela plateia presente no plenário João Batista.
O Brasil é o único entre os 61 países produtores de cacau que tem todos os elos da cadeia produtiva. “Nós produzimos, processamos, agro-industrializamos e consumimos o cacau. Temos uma plantação média de 8 a 10 mil hectares nos últimos dez anos, o que faz o Brasil nadar de braçada em relação seus indicadores sociais, econômicos e ambientais”, registrou José Raul Guimarães, superintendente da Ceplac.
Estado é destaque na governança
“É um órgão extremamente importante e fundamental não só pela pesquisa, mas pela paixão, dedicação e preocupação pela plantação, produção e qualidade do cacau do Brasil”, falou emocionada, informando que o cacau premiado foi com sementes 100% Ceplac.
Pará tem números expressivos
O Estado é líder absoluto na produção de cacau no Brasil: em 2023 produziu quase 150 mil toneladas de amêndoas. Segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), foram produzidas o total de 149.396 toneladas.
A região transamazônica responde por 86% dessa produção no estado, nos municípios de Novo Repartimento até Uruará, sendo Medicilândia o epicentro do polo cacaueiro do Pará. Outros municípios que se destacam são Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Vale do Xingu, Tucumã e Tomé-Açu.
Ainda segundo a Ceplac, 31.515 produtores dedicam-se ao cultivo da lavoura em uma área de 221.775 hectares no Pará. Em 2023, o valor bruto da produção atingiu R$2,4 bilhões, gerando R$100 milhões em arrecadação de ICMS.
Participaram ainda da mesa do trabalho, Jesus de Nazareno Sena, Superintendente de Agricultura e Pecuária do Pará e representante do ministro da Agricultura; João Ramos, representando a Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca do Pará; Carlos Xavier, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa); Francisco Victer, representando a Federação das Indústrias do Estado do Pará; Rubens Magno Jr, superintendente do Sebrae; e Maria Goreti Gomes, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau do Estado.
