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Notícia

25/06/2022 | 19h25 - Atualizada em 25/06/2022 | 21h38

Presidente da Alepa, deputado Chicão, leva Ação Cidadania à Marabá

Reportagem: Carlos Boução

Edição: Dina Santos

A Caravana da Ação Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Pará esteve neste sábado (25), em Marabá, nas dependências da Escola Estadual Plínio Pinheiro, localizada no núcleo pioneiro da cidade.

Equipe do CAC, da Alepa, em Marabá

A Escola, primeira de ensino médio no município e a primeira a ser de tempo integral no sul e no sudeste do Estado, foi fundada em julho de 1969 pelo governador Alacid Nunes, e reconstruída e revitalizada na gestão do atual governador Helder Barbalho.

O deslocamento autorizado da equipe do Centro de Atendimento ao Cidadão ao município foi uma solicitação do deputado Chicão (MDB). O presidente da ALEPA esteve de manhã nas dependências da escola conferindo a realização do trabalho e pode observar de perto a grande necessidade de expedição de documentos civis, como identidade, certidão de nascimento, carteira de trabalho eletrônica, e atendimento jurídico.


Ao chegar ao local do atendimento, o deputado encontrou uma fila que dava volta ao quarteirão da Escola e teve início por volta das quatro da tarde da sexta (24). "É lamentável ainda presenciar filas nos municípios que visitamos, de pessoas que chegam no dia anterior para tirar uma carteira de identidade, tirar um documento", assinalou.

Para o presidente, o trabalho realizado pela Caravana da Cidadania da ALEPA em todas as regiões do Estado vem para contribuir e acelerar essa questão de documentação. "Porque isso é uma questão de cidadania", sinalizou.

Diretor do CAC, Márcio Souza 

O atendimento na Escola Plínio Pinheiro iniciou as 8 h da manhã e assim que soube que nem todas as pessoas da fila seriam contempladas no atendimento, determinou ao coordenador do CAC, Márcio Souza, que marcasse uma nova data para o retorno da equipe, e os excedentes foram cadastrados e terão uma fila preferencial no atendimento agendado para os dias, 9,10 e 11 de julho próximo, nas dependências da mesma escola, onde novamente a Caravana vai desembarcar.

Francivar Saraiva
O primeiro da fila para tirar a 2ª via da Carteira de Identidade foi Francivar de Siqueira Saraiva, 37 anos, pintor automotivo que atua de forma autônoma em Marabá, e que chegou as quatro da tarde do dia anterior. "Eu não me arrependo nenhum pouco de encabeçar essa fila desde ontem, faria de novo se fosse necessário", expressou ao lado de outros ao receber a sua nova identidade.

Marlúcia Cabral e a filha Mikaeli

A menina Mikaeli Bruna de oito anos não perdeu o sorriso para ser atendida. Sua mãe Marlúcia Martins Cabral entrou na fila às três da manhã para guardar lugar e tirar a primeira identidade da filha, que tem autismo severo. Mikaeli frequenta o terceiro ano do ensino fundamental em uma escola particular na cidade. A menina destacou a importância de ter o documento. "Para mostrar que eu existo", disse sorrindo.

Maria Viviane e a filha, Hannah Sofia

Já a mãe e estudante de 19 anos, Maria Viviane trouxe sua filha de um ano, Hanna Sofia, para tirar sua identificação.

A vendedora de peças Vanessa Gabrielly (24) comemorou a chegada da Caravana. "Foi muito bom este serviço, antecipei a tirada do meu documento porque estava agendado somente para março de 2023".

Foram mais de 800 atendimentos entre emissão de identidade, certidão de nascimento, fotos 3x4, carteira do trabalho, atendimento jurídico, entre outros serviços.

Eleniny Cunha, analista Técnica de Informática (TI) do CAC/ALEPA, informou que observou um grande número de pais que trouxeram seus filhos. "Impressionante o número de crianças atendidas, que até nos chamou atenção. No entanto, devido o apoio recebido na escola, com pessoal, a boa estrutura física e o acesso pleno a internet, conseguimos ser ágeis e mais de 500 pessoas com pedidos de identidade levaram seu documento para casa sem necessidade de vir receber em outro dia".

O diretor do Plínio Pinheiro, o professor José Kemeson, que recebeu a comitiva a equipe do CAC/ALEPA, conversou com o presidente da ALEPA oferencendo-lhe informações sobre o funcionamento da Escola, que é considerada uma referência no ensino médio no Estado. O município possui ainda mais três escolas em tempo integral.

A Escola Estadual Plínio Pinheiro passou, no final do primeiro ano do governo Helder Barbalho, por uma grande reforma com a reconstrução de um bloco que tinha ruído. A revitalização modernizou as 12 salas de aulas, o laboratório de informática e multidisciplinar, sala de vídeo, sala de recursos multifuncionais, biblioteca, direção, secretaria, coordenação pedagógica, sala dos professores, arquivo, banheiros masculino e feminino, cozinha, recreio coberto, espaços de convivência, além da aquisição de equipamentos que propiciam acessibilidade às Pessoas com Deficiência (PcDs).

 Presidente Chicão e o diretor José Kemeson, com equipe da Ação Cidadania

"Solicitamos ao deputado Chicão que possa interceder junto ao governo do Estado em nossas maiores necessidades de contratação de mais merendeiras, serventes e vigias", informou o professor Kemeson.


 Referência em educação  - Até a década de 60 a população de Marabá era muito pequena, seu núcleo urbano era formado pela Marabá Pioneira e o Bairro do Amapá. Nessa época, havia apenas com duas escolas oficiais: uma municipal, que oferecia ensino de 1ª a 4ª séries;e uma particular, que atendia Educação Básica em todos os níveis (Primário: 1ª a 4ª séries; Ginasial: 5ª a 8ª séries e 2° Grau).


Com o aumento da população, impulsionado pela chegada de imigrantes atraidos pela construção de rodovias e, principalmente, de integração dessa região ao restante do país, se fez necessária a construção de uma nova escola na esfera Estadual.

Nasceu, estão, a Escola Estadual Plínio Pinheiro, que teve a sua fundação em julho de 1969, "ordenada a sua construção pelo então   Governador do Estado Ten.cel. Alacid da Silva Nunes". O nome do Patrono da Escola foi escolhido pela população de Marabá por ser Plínio Pinheiro uma pessoa influente na política municipal.

 Marabá tem sua localização no ponto de encontro entre dois grandes rios, o Tocantins e o Itacaiúnas, formando uma espécie de "V" no seio da cidade vista de cima. A sede municipal é formada basicamente por seis núcleos urbanos interligados por rodovias.

 
Marabá - O povoamento de origem europeia da região de Marabá principiou no início do século XIX, porém, somente consolidou-se com a chegada de imigrantes árabes, goianos e maranhenses em 1894. A emancipação municipal se deu em 1913, ocorrendo a elevação da sede para categoria de cidade em 1923.

O desenvolvimento do município, durante um grande período, foi dado pelo extrativismo vegetal, mas, com a descoberta da Província Mineral de Carajás. Marabá desenvolveu-se muito rapidamente, tornando-se um município com forte vocação industrial, agrícola e comercial. 

Atualmente, Marabá é um grande entroncamento logístico, interligada por cinco rodovias ao território nacional, por via aérea, ferroviária e fluvial.


É o quarto mais populoso do Pará, com 283 542 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE/2020), e com o 3º maior produto interno bruto (PIB) do estado em 2017, com 8,5 bilhões de reais. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é 0,668, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD/2010). Sua renda per capita em 2017 era de 31.650,18 reais.

É o principal centro socioeconômico do sudeste paraense e um dos municípios mais dinâmicos do Brasil.


Marabá tem como característica sua grande miscigenação de pessoas e culturas, que faz jus ao significado popular do seu nome:"filho da mistura". É também conhecida como Capital do Carajás, Terra da Castanha e Cidade Poema; este último apelido remete ao poema Marabá, do escritor Gonçalves Dias.


A etimologia da palavra "Marabá" é de um vocábulo indígina mayr-abá, que significa filho do estrangeiro com a índia, ou ainda, fruto da índia com o branco.


Um poema escrito Gonçalves Dias teria inspirado Francisco Coelho a denominar o seu armazém de aviamento de Casa Marabá, no então povoado de Pontal. O armazém, na verdade um grande barracão, servia aos pioneiros de todo tipo de secos e molhados.

Lá, segundo a tradição, Coelho comprava o caucho coletado, andiroba, copaíba, frutos da mata, caças diversas. Somente em 1904, a subprefeitura do "Burgo do Itacaiúnas" foi transferida para o povoado de Pontal, na época com 1.500 habitantes, com o nome de Marabá. Foi a primeira vez que esta denominação apareceu em um documento oficial.