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30/09/2021 | 17h48 - Atualizada em 30/09/2021 | 18h08

Aprovados em concurso da PM reivindicam convocação dos excedentes

Reportagem: Dina Santos

Edição: Dina Santos

Membros do movimento "Aprovados e não convocados do concurso público para admissão ao curso de formação de praças da Polícia Militar do Estado do Pará" estiveram na Assembleia Legislativa, durante Audiência Pública realizada no Auditório João Batista nesta quinta-feira (30/09), para falar sobre a convocação dos excedentes do concurso da Polícia Militar de 2021, do Estado do Pará. A audiência foi comandada pelo deputado Toni Cunha, presidente da Comissão de Segurança da Alepa.


Representando os excedentes do certame, Marlon Silva disse que no Pará existe que uma defasagem no quantitativo de policias para atendimento da população e eles reivindicam que têm direito de serem chamados.

Marlon Silva
"Estamos aprovados, mas não classificados, e temos a expectativa de sermos chamados. São cerca de 7 mil candidatos que cumpriram o que determinou o edital do concurso: ter 50% de acertos nas provas e não zerar em português", explicou.


Marlon lembrou que a demanda da Polícia Militar é hoje de 31 mil policiais, mas o efetivo é de apenas 15 mil, um déficit que chega a 52%. "Quem sofre com essa situação é a população. Estamos aqui lutando não apenas pelo nosso direito, mas de toda a população paraense. Queremos que a lei seja cumprida e que os quadros da PM sejam preenchidos corretamente. E a ponte para chegarmos ao nosso objetivo é o diálogo e pedimos isso ao Governo", concluiu.


Outro representante da comissão de aprovados no concurso, Vítor Barros, lembrou que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a proporção na segurança pública deveria ser de 1 policial para cada 300 cidadãos. "No Pará, essa proporção está em um policial para mais de 500 habitantes".

Vitor Barros
Vítor também destacou que a Polícia Militar está convocando policiais da reserva, "mas eles não podem atuar na segurança nas ruas. Porque não chamar os aprovados nos concursos para trabalhar?", questiona.

Clayton Ferreira
A situação das mulheres que participaram do concurso é mais complicada. "Foram destinadas 231 vagas femininas, mas esse é o primeiro concurso em que não foram convocadas no mínimo o dobro para as fases seguintes", lamentou Clayton Ferreira, advogado que representa as candidatas. "Após a primeira etapa das provas teóricas, fomos surpreendidos pela eliminação de todas as mulheres no concurso, mesmo as que alcançaram a pontuação mínima de 50% de acertos e que não tiraram zero em português. Essa eliminação não aconteceu com os homens, ferindo a isonomia entre os candidatos", afirmou o advogado.


As candidatas conseguiram uma liminar na justiça para continuarem nas próximas etapas do concurso, mas até agora a situação não foi retificada pela organização do certame.

Deputado Toni Cunha
O deputado Toni Cunha se comprometeu a continuar apoiando os candidatos e realizar outras audiências públicas na Alepa. "Nosso objetivo é trazer vocês de fora, das ruas, para dentro da Alepa, trazer a voz de vocês para cá, par que possam lutar por seus direitos", afirmou o deputado. "Vamos mostrar à sociedade que há um movimento organizado que conhece seus direitos e luta por eles", concluiu Toni Cunha.