A comissão de parlamentares da Alepa que se dirigiu até Barcarena para vistoriar a empresa Imerys Rio Capim Caulim S/A, onde ocorreu o incêndio de produtos químicos que levou mais de 70 pessoas a procurarem atendimento médico após apresentarem sintomas como coceira na pele, ardência nos olhos e irritações, entregou hoje o relatório da diligência, com uma série de recomendações a serem tomadas pelo governo do estado e outros órgãos fiscalizadores. O evento contou com a participação da deputada Marinor Brito (PSOL) e do deputado Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alepa.

Uma das recomendações apresentadas é a suspensão das atividades da Imerys até que o licenciamento ambiental da empresa seja restabelecido. "Foi verificado que a empresa não possui qualquer tipo de salvaguarda para a população em caso de outros desastres como este, o 10º crime ambiental cometido pela empresa em Barcarena, e nós esperamos que haja a devida responsabilização da Imerys. Os moradores precisam viver com dignidade, e não continuar sofrendo os impactos socioambientais dos grandes projetos na Amazônia", Marinor comentou

O relatório, de 38 páginas, apresenta ainda recomendações ao Ministério Público Estadual e Federal, aos municípios que integram territorialmente a área de projetos que causa impactos ambientais, com destaque para a realização da Consulta Livre, Prévia e Informada junto aos povos e comunidades tradicionais impactados por projetos de grande porte na Amazônia paraense, como determina a convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT.

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