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Audiência Pública na Alepa sobre prevenção à depressão, automutilação e suicídio

08/10/2019 9h47 - Atualizada em 08/10/2019 9h47
Por Andrea Ferreira - Assessoria Dep Ana Cunha

Prevenção à depressão, automutilação e suicídio, foi tema de audiência pública, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), no auditório João Batista, na última sexta-feira (04.10).

Momento delicado e de debate entre profissionais da saúde mental, educação, segurança pública, assistência social, entidades filantrópicas e religiosas. A deputada Ana Cunha (PSDB) foi a proponente da audiência. Nesse primeiro momento para a parlamentar foi de escutar a experiência dessas pessoas sobre o assunto e saber das necessidades. Propostas foram feitas que serão analisadas para construir políticas públicas voltada a cada situação. Nota-se fragilidade na rede de apoio, pois há necessidade de especialização e capacitação para lidar com esses tipos de ocorrências. Foi observado que os próprios profissionais estão adoecendo também.

"Não é só o aluno que está adoecendo, os servidores também", clamou a representante da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sespa), a coordenadora de Saúde Mental, Kelly Albuquerque, informou 301 casos de suicídios em 2018, no Estado do Pará. A Sespa implementa políticas públicas que já existem.

"A gente precisa falar sobre suicídio. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) tem referência desses cuidados em saúde mental. Uma equipe multiprofissional. Uma porta aberta que possam chegar sem ser encaminhados", enfatizou.

O propósito dos componentes da audiência é fortalecer a rede de proteção, capacitar equipes e levar mais psicólogos às escolas e nas instituições.

No Estado do Pará, existe 45 especialistas em salvamento de suicídio. Para o Major Cesar Alberto do Corpo de Bombeiro, há necessidade de especialização para lidar com esse tipo de cenário. "Temos dois psicólogos que fazem trabalho muito intenso. O policial é o reflexo da sociedade, a gente sofre junto. Precisamos manter uma boa saúde mental para lidar com os conflitos sociais", analisou. Ainda de acordo com o Major, diversos protagonistas atuam ainda isoladamente, no que limita o poder de resposta à população. Na construção do sistema, o Major, acredita na melhoria e assim dá uma resposta como a sociedade merece. Segundo ele, os policiais sofrem uma carga de estresse muito grande.

A deputada Ana Cunha enxerga a situação como uma pandemia e comparou com o tempo que surgiu a Aids, todos na época em busca de solução e prevenção. Hoje já existe o controle.

Assim, deve ser feito com a saúde mental que está adoecendo a humanidade, sendo a segunda causa de morte por suicídio. Na ocasião, a deputada como presidente da secretaria de Inclusão Social da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), pediu propostas aos convidados para fazer um plano nacional que tenha atendimento a este problema.

A mesma, elaborou o projeto de lei estadual, já aprovado na Comissão de Constituição da Justiça (CCJ) a notificação compulsória nos casos de violência autoprovocada, incluindo tentativa de automutilação e suicídio, sendo obrigatório o registro de pacientes atendidos nas Unidades de Saúde, escolas e Conselho Tutelar. Além do mais, a parlamentar elaborou um projeto de resolução que vai criar a Frente Parlamentar de Combate e Prevenção ao Suicídio e Automutilação. E ainda, a Frente Parlamentar a Vida e a Família.

Depois de escutar a mesa composta pelos órgãos envolvidos com a temática, foi a vez do público presente. Um deles, foi um adolescente de 19 anos, que chamou atenção com o seu relato. Automutilação foi o que o jovem passou e contou como foi esse processo. "Sentia algo muito ruim dentro de mim. Me isolava. Fui criado pelo meu padrasto, abandonado pelo meu pai biológico. Depois que meu padrasto morreu, fiquei muito triste, depressivo. Então passei a me cortar com cacos de vidros para aliviar essa dor", desabafou. Todos ficaram em silêncio, deixando o garoto falar na tribuna, com tempo esgotado. No final da sua fala, recebeu uma mensagem positiva da deputada Ana Cunha.

Para a voluntária, Sol, do Centro de Valorização da Vida (CVV), a participação na audiência pública é fundamental.

"Pessoas quando encontram o serviço, entram em espaços fragilizados, portanto, é importante esse momento para discutir sobre as instituições, pois é um tema político, histórico. É multifacetado", avaliou a voluntária.

O CVV funciona no Pará há mais de 40 anos. É um trabalho de apoio feito no sigilo, com respeito, na confiança e funciona 24 horas. O número de atendimento é o 188.

Dados:

De acordo com a Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde, os dados no Boletim Epidemiológico diz que entre os anos de 2007 e 2017, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificações (Sinan), mais de 400 mil casos de intoxicação exógena no Brasil, sendo aproximadamente 250 mil caracterizadas como tentativas de suicídio. Dessas tentativas, foram registradas em pessoas do sexo feminino aproximadamente 150 mil, e, no masculino, um pouco mais de 60 mil.

Considerando o total de tentativas de suicídio, aproximadamente 76% ocorreram em menores de 40 anos do sexo feminino e 74% do masculino, nesta faixa etária. Em ambos os sexos, as notificações de tentativas estão concentradas na população de 15 a 59 anos, abrangendo uma ampla população em idade economicamente ativa. Todavia, observa-se que as mulheres iniciam mais cedo as tentativas de suicídio por intoxicação exógena, sobretudo as adolescentes (11 a 18 anos), chegando a 4% aos 16 e 17 anos de idade.

* Os textos produzidos pelas assessorias de cada parlamentar são de responsabilidade de seus autores.

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