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Eliel Faustino aprova projeto que cria política para diagnóstico e combate a depressão

27/09/2019 11h29 - Atualizada em 27/09/2019 11h31
Por Sâmia Maffra - Assessoria Dep Eliel Faustino
O projeto foi aprovado em todos os turnos e redação final na Assembleia Legislativa no dia 18/9 e segue agora para sanção do Governador

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Tristeza, choro constante e sem motivo aparente, perda de apetite, desânimo, sono irregular (a pessoa pode ter insônia ou passar muito tempo dormindo), baixa autoestima, sentimento de culpa e perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas. Esses são alguns dos sintomas que caracterizam a depressão, doença conhecida como o “mal do século” que atinge mais de 320 milhões de pessoas de todas as idades no mundo (segundo dados da Organização Mundial da Saúde) e, no Brasil, a estimativa é que 11 milhões de indivíduos sejam afetados pela doença.

Para a psicóloga Soraya Wanzeller, é importante entender que a depressão é uma doença mental e difere da tristeza. “Tristeza é o afeto, é o sentir-se triste e pode ser ocasionado por diversos fatores pessoais, sociais, religiosos, luto entre outros. Agora, quando essa tristeza se torna constante, sem motivo aparente e começa a afetar a vida da pessoa, interferindo na sua rotina, na qualidade do sono, nas relações sociais, fazendo-a perder o prazer pelas coisas, isso pode sinalizar um quadro de alguma doença mental como a depressão, e o ideal é que essa pessoa busque atendimento de um psicólogo ou psiquiatra”, recomenda Soraya.

Quanto a causa, a psicóloga explica que não há como indicar um único fator para a depressão, que pode se desencadeada por fatores genéticos, por questões cerebrais ou por eventos da vida da pessoa, então o que é importante é se ater a esses sinais. “Esses sintomas têm reflexos na vida e rotina do indivíduo: pode haver o isolamento, baixo rendimento no trabalho/ estudo, pouco cuidado pessoal como a higiene e autoimagem, a pessoa não se sente mais motivada a manter os seus hábitos e atividades, não encontra mais interesse em nas atividades e muitas vezes não sabe o porquê está se sentindo daquele jeito, não consegue identificar os sintomas”, comenta.

Baseado nesse quadro alarmante e crescente da doença, o deputado Eliel Faustino (DEM) apresentou o projeto de lei que Cria a Política de Diagnóstico e Tratamento da Depressão nas redes públicas e privadas de saúde no estado do Pará. O projeto foi aprovado em todos os turnos e redação final na Assembleia Legislativa no dia 18/9 e segue agora para sanção do Governador. “Nosso projeto foi aprovado no Setembro Amarelo, mês que se discute a prevenção ao suicídio e a depressão, só neste mês infelizmente perdemos três jovens que não encontraram alternativas para viver. Então a nossa preocupação é criar um instrumento jurídico integrativo onde o poder público possa identificar e acompanhar os indivíduos que estão sofrendo com a depressão, estabelecendo políticas de saúde que visem não só o diagnóstico quanto o tratamento da mesma.”, pontuou o parlamentar.

O projeto tem como objetivos prevenir, detectar a doença ou evidências da mesma; identificar, cadastrar e acompanhar pacientes das redes públicas e privada diagnosticados com depressão; conscientizar pacientes e pessoas que desenvolvam atividades junto às unidades de saúde quanto aos sintomas e gravidade da doença; efetuar pesquisas visando o diagnóstico precoce da depressão e seus distúrbios; abordar o tema em reuniões como forma de disseminar informações sobre a doença e combater o preconceito.

Segundo Faustino, o tema também deve ser abordado nas unidades de saúde e nas escolas fortalecendo assim o enfrentamento da depressão e envolvendo a sociedade na discussão. “O Estado não pode se furtar da responsabilidade em relação à saúde pública e tem o dever de esclarecer acerca dessa doença que vem causando sofrimento, incapacitando as pessoas de sentirem prazer e fazendo-as perder a vontade de viver”, ponderou. Para ele, o projeto é uma contribuição à sociedade. “Foi uma satisfação nossa aprovar este projeto ainda este mês, esperamos a sensibilidade do governo em sancionar em breve para que tenhamos a aplicabilidade da lei. Precisamos cada vez discutir este tema, ser partícipes na construção de soluções, buscar parcerias entre diversas entidades, incentivar as práticas esportivas, possibilitando aos pacientes viver com equilíbrio, sanidade e felicidade”, complementou Eliel.

A psicóloga Soraya afirma que a efetivação dessa lei será um grande passo no combate à depressão no Pará. “Infelizmente não temos em nossa sociedade o hábito da prevenção, temos uma saúde muito mais remediadora do que preventiva e, no caso da saúde mental, isso fica mais complicado ainda por conta de todo o estigma social que ela carrega. Que esse projeto seja o início de um debate mais amplo e políticas mais efetivas não só relacionada a Depressão, mas ao sofrimento mental, tão incompreendido na sociedade”

Prevenção/ Tratamentos

A informação é a melhor maneira de prevenir e ajudar não só a pessoa, mas o seu entorno de convivência, como a família e amigos. “A sociedade ainda trata a saúde mental como um tabu, com preconceitos do tipo ir ao psicólogo é coisa de doido ou passar por isso é falta de Deus, e acabam taxando as pessoas que passam por esse problema como preguiçosas, sem fé e outras coisas que só fazem piorar a situação. Levar a informação sobre a importância de cuidar da saúde mental é o primeiro passo para mudar essa situação.”, orientou a psicóloga. A doença mental não escolhe classe social, idade, cor ou raça, então é importante que todos tenham direito a informação e ao acesso ao tratamento. “Há várias unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em todo o país, mas, além do número ainda ser pequeno para a demanda, muitas pessoas sequer sabem da existência desse serviço. É preciso envolver a sociedade, falar de saúde mental nas escolas, nos bairros, nas empresas. A informação é a melhor forma de prevenir e pode salvar vidas”

Ela faz um alerta para quem já se encontra nesse quadro. “A melhor forma de ajudar é tentar auxiliar a buscar o acompanhamento profissional, pois os preconceitos e tabus sociais muitas vezes dificultam que a própria pessoa busque ajuda. Além disso, entender que aqueles sintomas não se tratam de fraqueza da pessoa, mas que fazem parte da doença, então é necessário tentar acolher aquela dor, escutar sem imprimir julgamentos e indicar a busca por um profissional qualificado”.

* Os textos produzidos pelas assessorias de cada parlamentar são de responsabilidade de seus autores.

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