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19/06/2022 | 08h30 - Atualizada em 19/06/2022 | 08h38

Muaná, no Marajó, recebeu a Caravana da Ação Cidadania da ALEPA

Reportagem: Carlos Boução

Edição: Dina Santos

No segundo dia da Caravana da Ação Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, neste sábado (18) em Muaná, cidade localizada no arquipélago do Marajó, levou um número bem maior de pessoas às dependências da Colônia dos Pescadores. Mais de 400 atendimentos foram realizados, com quase 350 pedidos de RG.


Devido a problemas com a velocidade da Internet, a entrega das identidades solicitadas neste sábado foi transferida para segunda-feira (21). "Todas ficaram prontas, no entanto, os dados apresentados nos documentos teriam que ser conferidos no sistema e a apuração somente foi concluída após o horário estabelecido e não poderíamos deixar as pessoas esperarem", informou Renaldo Figueiredo, coordenador desta Ação em Muaná.


Apesar da intensidade do trabalho e a grande quantidade de pessoas para serem atendidas, os servidores da ALEPA não perdiam o ânimo. "Brincávamos, para descontrair, em acertar a grafia dos nomes mais difíceis de pronunciar", falou a servidora Izabela Fernandes de 22 anos.

Estafany Veloso (24), por sua vez, assinalou que muitas pessoas foram ajudadas e tiveram seus documentos tirados. "Na cidade é grande a dificuldade para acessar essa documentação", disse. Quando o cansaço era evidente, um grito com o nome de um desavisado era repetido por um servidor de forma mais forte e os presentes despertavam em sorrisos e o desavisado era atendido.

Uma das primeiras atendidas foi a jovem Erilane Balie de 19 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, que foi tirar seu RG e do Loran, de um ano, que tambem ganhou a certidão de nascimento.

Já o pai, Hailson dos Santos de Souza, de 32 anos, levou seus filhos Henrique Luan, de cinco anos, e Lorane, de 4, que frequentam creche municipal. Já os últimos atendidos foi Adegilson Pimenta, 51 anos, que foi tirar sua quarta via do documento de identidade, e Alexandra Tavares, de 16 anos, a sua primeira via. Ela é estudante do primeiro ano do ensino médio.


FLOR DO MARAJÓ - A origem do nome Muaná em outra interpretação indígena. Sem acento significa "arrumar a armadilha", e com acento é "semelhante a cobra". A Flor do Marajó, também como é chamada, tem a origem numa fazenda particular que, pelo seu desenvolvimento, transformou-se em povoado e, posteriormente foi elevado à categoria de Freguesia, em 1757 (São Francisco de Paula).


O Conselho do Governo da Província, em sessão de maio de 1833, elevou essa Freguesia à condição de Vila, tendo sido instalada em 2 de dezembro daquele ano. O município de Muaná foi elevado a essa categoria pela Lei nº 324, de 6 de julho de 1895, e inaugurado a 7 de setembro do mesmo ano.


Muaná teve uma influência grande na Cabanagem, onde serviu de refúgio para os cabanos que travaram uma grande batalha em 28 de maio de 1823, perdurando 4 horas de fogo cruzado, onde os participantes conseguiram afugentar os imperiais.


Muaná é uma das únicas cidades do Marajó que tiveram o nome original preservado, após a mudança exigida pelo governador para as "freguesias" do Marajó. Por volta de 1750, Muaná era a tribo da região, remanescente da nação Nheengaíba, que dominou a região do Marajó antes da chegada dos colonizadores.

Também foi o primeiro município do então Grão-Pará a aderir à Independência do Brasil, em 28 de maio de 1823. Hoje, o município é formado por vários distritos e vilas como: Distrito de São Miguel do Pracuúba, Ponta Negra, Palheta e Jararaca. 

Esta atividade da ALEPA é coordenada pelo Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) da ALEPA, em parceria com o Departamento de Bem Estar Social (DEBES) da ALEPA, e conta com a parceria do Governo do Pará, Polícia Militar e Polícia Civil.