O padre Bruno Sechi foi lembrado durante a Sessão Especial nesta quinta-feira, 26, no Plenário Newton Miranda da Assembleia Legislativa do Estado (ALEPA). A sessão foi solicitada pela deputada Marinor Brito (PSOL) que conduziu os trabalhos da mesa, formada por representantes da FUNPAPA, SEDUC, UFPA, República de Emaús, Ministério Público do Estado , dentre outros.

O trabalho e o legado do padre Bruno Sechi foram os principais assuntos lembrados pelos participantes da sessão, que foram unânimes em afirmar que o missionário mudou as vidas das crianças e adolescentes paraenses por décadas através das ações educativas realizadas pelo Movimento República de Emaús.

Deputada Marinor Brito

A deputada Marinor Brito explica por que padre Bruno era um educador social e um articulador social: "Não é todo mundo que morre que continua sendo celebrado. As pessoas fazem questão de lembrar dele porque defendia crianças e adolescentes", lembrou.

Jeane Gonçalves Uma dessas adolescentes beneficiadas por padre Bruno foi Jeane Gonçalves que até hoje faz parte do Movimento República de Emaús 'Ele foi uma pessoa que me acolheu na República de Emaús. Ele ensinava os jovens lutarem por seus direitos e reconhecerem seus valores", ressaltou.

Esses direitos e valores tão valorizados pelo padre Bruno são defendidos pela promotora Mônica Freire: 'O espaço de padre Bruno foi o espaço de cultivo à cidadania. Ele trabalhava a solidariedade, a formação e a cidadania. Por isso, as crianças e os jovens têm direito à voz. Ele queria transformar e conseguiu", explicou.

Promotora Mônica Freire

Padre Bruno Sechi nasceu na Sardenha (Itália), mas foi no Brasil que desenvolveu seu trabalho missionário e social, especialmente em Belém do Pará, onde criou o Movimento República de Emaús que atendia crianças e adolescentes da periferia. Foi um dos criadores do Estatuto da Crianças e Adolescentes (ECA), em julho de 1990.