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19/05/2022 | 19h14 - Atualizada em 19/05/2022 | 19h20

ALEPA E EMBRAPA criam Grupo Permanente de Trabalho para incentivar a produção do açaí e do cupuaçu

Reportagem: Rosa Alexandre

Edição: Dina Santos

O assunto foi tratado em uma sessão especial realizada nesta quinta-feira (19), no auditório João Batista da Assembleia Legislativa do Estado do Pará a pedido do deputado Carlos Bordalo (PT). A reunião contou ainda com a presença da deputada Marinor Brito (PSOL) que ressaltou o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Abastecimento na Amazônia (EMBRAPA), instalada em 1973 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Após todas as discussões sobre o trabalho da EMBRAPA: sua contribuição para o desenvolvimento sustentável da agricultura no Estado e na Amazônia e para o agronegócio e para a agricultura familiar em geral foi definido a criação de um Grupo de Trabalho Permanente dentro da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa do Consumidor, que tem como presidente o deputado Carlos Bordalo. A comissão que debate políticas públicas no Estado tem como ponto de partida a Lei Estadual de nº. 8758/2018. Essa Lei determina a criação do Programa de Incentivo à Cultura do Açaí no Pará bem como a liberação de recursos via emendas parlamentares e orçamentárias do Estado e da União para fomentar a cadeia produtiva do açaí. O projeto que originou a Lei é de autoria do deputado Bordalo.


Dentre outras conquistas para o incentivo da produção do açaí e do cupuaçu foi aprovada pelo Poder Legislativo de uma visita técnica ao Centro de Referência em Manejo de Açaizais Nativos do Marajó, localizado no município de Portel no Marajó, desenvolvido entre a EMBRAPA Amazônia Oriental e a Associação dos Moradores Agroextrativistas do Assentamento Acutipereira (ASMOGA), que foi inaugurada no final de maio de 2019. O deputado também vai recomendar a comenda Paulo Frota de Direitos Humanos aos pesquisadores da EMBRAPA José Antônio Leite e Silas Mochiutti, que desenvolveram as técnicas do MANEJAÍ. Técnicas que já possibilitaram o aumento de 30% na produção do fruto nos munícipios de Abaetetuba, Acará, Portel, Melgaço e Breves.

A Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu vai receber a comenda a Michinori Konagano por desenvolver a agricultura paraense.


Para o deputado Bordalo, a formação do Grupo de Trabalho tem o objetivo de transformá-lo em um processo permanente de valorização da ciência e da tecnologia do país. "Não se pode pensar em desenvolvimento sem ciência e tecnologia porque senão o país ou o Estado estará sempre subordinado a alguém", afirmou. E ressaltou que no Pará se tem investido nesta dimensão estratégica do desenvolvimento. Para ele discutir sobre o açaí e o cupuaçu além de ser agradável, são joias de nossa natureza e muito importantes "para nossa bioeconomia", ressaltou.

Já para Walkymário de Paulo Lemos, Chefe Geral da Embrapa Amazônia Oriental, esta aproximação com o Poder Legislativo Estadual é para o desafio posto no convite do deputado Bordalo. "O desafio é de estarmos junto, pois a EMBRAPA como principal instituição de ciência, tecnologia e inovação no agro do Brasil, carrega também o desafio de se aproximar dos parlamentares, dos tomadores de decisão", disse.


Para o Chefe Geral a aproximação será uma oportunidade em benefício de toda a sociedade. "Porque a EMBRAPA oferta conhecimento científico de qualidade, indicadores e tecnologia. E o legislativo é capaz de pôr em prática através de políticas públicas instrumentos que venham em apoio a sociedade tão carente de tecnologia e inovação", saudou o trabalho conjunto a ser desenvolvido.

Os presentes na sessão solene tiveram quando da exposição do chefe da EMBRAPA a oportunidade de realizar uma viagem nas atividades do órgão e o papel destacado que a instituição desenvolve em toda a Amazônia Oriental.


Participaram ainda da Mesa dos Trabalhos e expuseram suas opiniões sobre o tema Solange Monta, vice-presidente do SESI; Luiz Eduardo Monteiro, representante da SUDAM; Clésio Santana da Câmara Setorial do Açaí; Solange Santos, representando a FIEPA; João da Costa Barros, da FETAGRI; e Martinho Souza, pela Central Única dos Trabalhadores - CUT.

História - O dia em que Instituto Agronômico do Norte (IAN) foi criado - 4 de maio de 1939 - representa o início da pesquisa agropecuária na Amazônia. A Embrapa Amazônia Oriental - que herdou a estrutura do IAN, - só viria a ser criada em 23 de janeiro de 1975, então com o nome de Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (Cpatu). Nesse ínterim, em 1962, o IAN foi transformado em Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Norte (Ipean).


Depois viriam outros nomes. Em 1991, a primeira unidade descentralizada da Embrapa na região amazônica passou a se chamar Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental. Desde 1998, apresenta-se à sociedade com o nome-síntese de Embrapa Amazônia Oriental.