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07/02/2022 | 15h36 - Atualizada em 15/02/2022 | 10h26

Obras arquitetônicas de Antônio Landi embelezam e fomentam o turismo em Belém do Pará

Reportagem: Rosa Alexandre

Edição: Dina Santos

Os traçados arquitetônicos de Antônio José Landi mudaram a paisagem de Belém na segunda metade do século XVIII. Antes da chegada a Belém desse arquiteto italiano em 1753, as construções eram bastante simples, pois elas eram feitas de taipa e de barro.

Esse cenário não agradava o rei de Portugal Dom José I. Ele queria aqui obras monumentais para que a Belém ganhasse ares urbanos a exemplo das metrópoles europeias como Portugal. O desejo do rei foi colocado em prática pelas mãos de Landi.

O arquiteto italiano começa então a embelezar Belém. De suas mãos foram traçadas plantas para a construção de igreja e prédios públicos. A maior parte de suas obras estão localizadas nos bairros da Cidade Velha e da Campina.

Na Cidade Velha, a população local e os turistas podem apreciar os traçados arquitetônicos de Landi no Colégio de Santo Alexandre, na Casa das Onze Janelas, no Palácio Antônio Lemos e no Palácio dos Governadores. Além dessas obras civis, Landi de dedicou à arte religiosa.

As igrejas projetadas por Landi foram erguidas nos bairros da Cidade Velha e da Campina. Até hoje os devotos podem assistir às missas contemplando as belezas das igrejas de São João Batista, Igreja da Sé, Nossa Senhora do Carmo, Igreja de Santana, igreja Nossa Senhora das Mercês.

O barroco tardio italiano foi o estilo utilizado por Landi em suas obras. A Igreja São João Batista, no bairro da Cidade Velha, é considerada a obra-prima desse arquiteto italiano, segundo o historiador de arte Germain Bazin, por ser a mais diferente pelo tamanho, porte e harmonia.

As obras de Landi têm história para contar. A primeira procissão do Círio de Nazaré aconteceu em 8 de dezembro de 1793. A imagem da Virgem de Nazaré saía do Palácio do Governo. Esse percurso foi feito até 1881.

Em 1882, o bispo D. Antônio de Macedo Costa, mediante um acordo com o presidente da província do Pará, Justino Ferreira Carneiro, determinou que a imagem sairia da Catedral Metropolitana de Belém até chegar à Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, no bairro de Nazaré.

Antônio José Landi chegou a Belém a convite da Corte Portuguesa com a função de riscar mapas, se destacando, porém, como arquiteto. Viveu na capital paraense 38 anos. Morreu em 1791 em Belém, onde deixou a maior parte de suas construções.