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28/10/2021 | 18h46 - Atualizada em 17/11/2021 | 13h20

Bragança - A terra da farinha e da Marujada

Reportagem: Dina Santos

Edição: Dina Santos

 

Reportagem: Carmem Souza 

Imagens: Guilherme Thorres

Não há nenhum paraense que nunca tenha ouvido falar de Bragança, a terra da farinha e da marujada. Mas o que muitos podem não saber é que, primordialmente, ela era habitada pelos índios da tribo Tupinambá até a o início de 1600, quando uma expedição francesa liderada por Daniel de La Touche chegou na região.

Mas não durou muito tal ocupação, os portugueses logo tomaram a frente da colonização, expulsando os franceses e já batizando o povoado de Sousa do Caeté, e anos mais tarde, em 1854, decretando a criação do município de Bragança.

O fato é que as características europeias, seja de ascendência portuguesa ou francesa, estampam as construções mais antigas da cidade, por entre as casas, na arquitetura, nas ruas e em pequenos detalhes por entre vias e vielas. Passear a pé pelo centro de Bragança é fazer uma viagem cultural bem no meio do Pará. Vale a pena conhecer a fundo a igreja de São Benedito – umas das mais antigas do Estado, construída em 1753 – além do Coreto Pavilhão Senador Antônio Lemos.

Para aqueles que gostam de ouvir boas histórias, como as da época áurea da Estrada de Ferro Belém-Bragança, fica o desafio de procurar por algumas placas espalhadas pela cidade, que sinalizam às casas dos moradores mais antigos e tentar tomar um cafezinho com o anfitrião que lhe abrir as portas.

Bragança possui cerca de 120 mil habitantes e está localizada a 200km da capital. Situada no litoral, conta com diversos igarapés e praias, dentre todas a mais conhecida, Praia de Ajuruteua que fica há cerca de 30 minutos de distância do município por meio de carro ou ônibus. Um visual incrível de areias brancas banhadas pelo oceano atlântico que, com certeza, merece ser visitada.

Bragança possui uma economia que gira basicamente em torno das atividades pesqueiras, da agricultura e do comércio. Não é à toa que o porto do município se destaca como um dos mais importantes do Estado, levando peixes e mariscos para os quatro cantos do Pará e do Brasil. Outra coisa de grande importância e que é o orgulho do município - e dispensa apresentações - é a famosa farinha de Bragança, o item alimentar indispensável na mesa de todo o paraense, e que cada vez mais cresce em reconhecido mundial.

A psicóloga Meg Quaresma, que nasceu no município, afirma: ''duas coisas sobre Bragança: Todo mundo tem algum comércio ou uma vendinha. E por lá, você não encontra farinha ruim. Ela é a parte principal da alimentação das pessoas, algo que tem que ter na mesa de todo bragantino".

A mais forte expressão cultural e religiosa dos Brangatinos é, sem dúvida, a Marujada de São Benedito, que movimenta a cidade durante todo o mês de Dezembro.

Três apresentações marcam a festividade: a primeira acontece no dia de Natal (25), a segunda no dia de São Benedito (26) e a terceira no dia 1° de Janeiro. Quase uma semana de festas e que, em poucas semanas, inicia mais uma edição. Uma ótima oportunidade para quem quer conhecer e ver a pérola do caeté no melhor de seus dias.