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11/06/2019 | 07h09 - Atualizada em 21/08/2019 | 13h42

Sessão debate o papel da mulher nos espaços políticos e no empoderamento social

Reportagem: Comunicação

Edição: Comunicação

Uma Sessão Especial debateu nesta segunda-feira (10/06) o papel da mulher na sociedade, desigualdades e preconceitos. A reunião foi convocada a pedido da deputada Dra. Heloisa Guimarães (DEM), autora do requerimento e integrante da Bancada Feminina da ALEPA, constituída por dez deputadas.

 A mesa oficial que conduziu a sessão contou ainda com as presenças das deputadas: Paula Gomes (PSD) e Professora Nilse Pinheiro (PRB). E também de Ivana Cei, Promotora Geral do MP do Amapá; Fábia Furnier, presidente do Movimento de Mulheres do Ministério Público do Estado do Pará; Cândida Nascimento, Defensora Pública do MP no Pará; Natasha Vasconcelos, da Comissão da Mulher Advogada da OAB; e Denize Araújo, representante das Mulheres Empresárias do Pará.

A professora universitária Marcia Bentes, com mestrado, consultora e coach fez uma exposição sobre a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, que apesar dos avanços nas últimas décadas, a presença das mulheres em cargos de chefia, gestão e liderança ainda é pequena se comparada aos homens.

Ela informou, com base nos dados do IBGE de 2017, que as mulheres ocupam apenas 37% de cargos de direção e chefia de grandes empresas, ganhando em média 76% dos salários dos homens.

“No setor público, a presença de mulheres em funções de destaque também é bem inferior se comparado aos homens. Segundo os mesmos dados do IBGE, somos 39,7 % do efetivo na Administração Pública, sendo que ocupam apenas, 21,7% dos cargos comissionados mais altos, os chamados DAS 6, cujas remunerações são mais altas”, anunciou, usando dados da Folha Dirigida.

Na roda de conversa, como definiu a própria deputada Guimarães, participaram mulheres dos diversos segmentos da sociedade civil presentes e de diversas instituições públicas. Vários assuntos pontuaram os pronunciamentos, entre estes a da necessidade de uma presença maior das mulheres no mundo da política, com a realização de cursos de formação política, cursos de empreendedorismo e ações nas áreas da saúde, proteção da mulher, de segurança no emprego e de renda.

”Precisamos discutir mais esse assunto. Outras três reuniões semelhantes envolvendo assuntos femininos já foram realizadas, vamos agora retirar as propostas e encaminhamentos indicados para serem implementados ainda no segundo semestre”, destacou a deputada Heloisa

A deputada explicou que a audiência pública convocada se deveu a uma provocação das promotoras do Ministério Público do Estado à bancada feminina. “Elas nos procuraram nos informando que era bom assistir à atuação das dez deputadas no Poder Legislativo, atuando de maneira integrada, uma ajudando a outra. Então eu  lhes disse que mulher inspira mulher”.

Em seu pronunciamento a deputada questiona os motivo pelos quais as mulheres ,que compõe 52% da população brasileira, só elegem 10% de lideranças políticas. “Então nem a mulher vota na mulher. O que está acontecendo? Precisamos mudar esta realidade. A gente não passa segurança, a gente não passa que somos menos corruptas do que os homens”, questionando o resultado da estatística.

Tiveram oportunidade ainda de manifestar opinião em plenário, Andrea Pereira, do Movimento Maio Laranja, de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes; Márcio Maués, presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Pará; Isabella Araújo, do Conselho Estadual das Mulheres Empresárias; de Regina Luiza Taveira da Silva, da 3ª Promotoria de Justiça de Abaetetuba; de Elizabeth Lacerda, de Mulheres Unidas contra o Câncer; de Valéria Santos, presidente de Mulheres Vida e Esperança de Altamira; de Márcia Jorge, do Conselho Estadual da Mulher; e de Eliana Rodrigues, do Movimento pela Vida.