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Notícia

31/07/2020 | 11h23 - Atualizada em 05/08/2020 | 09h39

Chefe de som considera Alepa escola de vida

Reportagem: Syanne Neno

Edição: Andreza Batalha

Sérgio Lobo, 61 anos, é pai de três filhos e costuma dizer a eles que o seu trabalho na Assembleia Legislativa do Estado do Pará é sua maior escola. Há 13 anos, ele é chefe do som. Há 35, é servidor da Alepa. Dá apoio em todas as reuniões, sessões e audiências públicas da Casa. “A experiência que adquiri aqui, ouvindo os debates políticos, é enorme, me acrescenta muito. Aprendi a conhecer o ser humano e suas nuances. Aprendo mais aqui do que no colégio”, conta Sérgio.

E nessa escola de vida, o servidor fez muitos amigos e destaca momentos inesquecíveis, alguns marcados pela tristeza. Como no dia do assassinato do ex-deputado João Batista, em que esteve conversando durante horas com ele, na porta da Alepa, e horas depois soube da sua morte.

Outro dia marcante foi o da sessão que decidiu a cassação do ex-deputado Vavá Mutran. “Foi muito tenso, porque estávamos com medo que o ex-deputado estivesse armado. O presidente, na época, mandou isolar toda a área do Auditório João Batista, onde aconteciam as sessões, desde a véspera”, conta Sérgio. Por outro lado, o chefe de som lembra com muito carinho do dia em que presenciou a primeira posse do hoje senador, Jader Barbalho, como governador do Estado, em 1983.

Difícil vai ser interromper essa trajetória profissional. “Minha vida toda é aqui, na Alepa. Conto nos dedos os dias em que faltei ou vim trabalhar doente. Vai ser doloroso quando eu tiver que me aposentar”, revela o servidor.