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Notícia FRTPA

02/10/2025 | 22h45 - Atualizada em 02/10/2025 | 22h42

Rádio Alepa FM 101.5 recebe finalista do Prêmio nacional Vladimir Herzog e reforça a luta por memória, verdade e direitos humanos

Reportagem: Shirley Castilho- FRTPA - Comunicação

Edição: Angelina Anjos- FRTPA - Comunicação

A reportagem especial "Memória, Verdade & Ditadura: as vítimas quase esquecidas de uma história que não acabou” foi produzida por Anderson Araújo e o designer e multimídia Emerson Coelho Júnior e veiculada no jornal Diário do Pará.

O finalista do 47° Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos na categoria multimidia, Anderson Araújo, foi personagem principal na programação da Rádio Alepa FM 101.5 desta quinta-feira(02) e falou da sua trajetória e da importância do prêmio.

A reportagem especial "Memória, Verdade & Ditadura: as vítimas quase esquecidas de uma história que não acabou” foi produzida por Anderson Araújo e o designer e multimídia Emerson Coelho Júnior e veiculada no jornal Diário do Pará.

A indicação representa não apenas um reconhecimento profissional, mas também uma reafirmação da urgência de documentar e debater os efeitos persistentes do regime autoritário brasileiro — e como eles ecoam na contemporaneidade.

O Prêmio Vladimir Herzog, instituição de grande peso no jornalismo brasileiro, homenageia Vladimir Herzog — jornalista que foi torturado e morto pela ditadura em 1975 — e tem como missão promover trabalhos comprometidos com os direitos humanos, memória, verdade e justiça.

A entrevista teve a participação da Coordenadora Geral da Fundação Rádio e TV da Alepa, Angelina Anjos, que explicou que essa indicação importa porque dá visibilidade para temas silenciados e o reconhecimento estimula que pautas sobre memória da ditadura e direitos humanos ganhem espaço no rádio, nas mídias digitais e nas redes. ‘’Muitos casos de violência estatal ainda são pouco documentados, sobretudo em regiões distantes ou periféricas’’, destacou.Anderson reconheceu que o prêmio valoriza o jornalismo

Anderson reconheceu que o prêmio valoriza o jornalismo e estar entre os finalistas de um prêmio desse porte confere prestígio e reforça a relevância de um jornalismo autônomo, que não se curva a pressões institucionais ou políticas.

Para Angelina, que coordenou o Relatório da Comissão da Verdade e Memória do Pará, publicada na Assembleia Legislativa do Estado do Pará(Alepa) e foi inspiração para a matéria selecionada, premiações como essa funcionam também como ato simbólico de reparação moral. “Reafirmam que o Estado e a sociedade têm a obrigação de reconhecer, registrar e cobrar sobre as violações do passado para que não caiam no esquecimento’’, disse.

Na entrevista foi abordado que embora o período formal da ditadura (1964–1985) pertença à história, seus efeitos ainda se fazem sentir em múltiplas esferas da sociedade.

Anderson lembrou das ações dos órgãos de repressão, tortura estrutural, desaparecimentos forçados e enfatizou que muitos episódios jamais foram esclarecidos completamente.

Nesta edição, profissionais de todo o país enviaram reportagens, documentários, fotografias e podcasts que denunciam injustiças e dão voz às populações historicamente silenciadas.

A Alepa tem uma política estadual de reparação e memória histórica.  O Relatório da Comissão Estadual da Verdade do Pará, lançado oficialmente na Casa em 31 de março de 2023 investiga violações de direitos humanos ocorridas no Pará no período da ditadura civil-militar. Esse relatório serve como base documental para demais ações de memória, reparação e responsabilização.

 

 

As informações contidas nesta seção são de responsabilidade da FRTPA.