Você está em: Portal Alepa / Notícias / Rainha das Rainhas do Carnaval Paraense é declarado Patrimônio Cultural e Artístico Imaterial do Pará na Alepa
Notícia
Rainha das Rainhas do Carnaval Paraense é declarado Patrimônio Cultural e Artístico Imaterial do Pará na Alepa
Reportagem: Andrea Santos- AID - Comunicação Social
Edição: Natália Mello - AID - Comunicação Social
Um marco da cultura paraense no período carnavalesco, o concurso Rainha das Rainhas do Carnaval Paraense foi declarado Patrimônio Cultural e Artístico de Natureza Imaterial do Estado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), nesta terça-feira (24). A disputa ocorre sempre nos meses de fevereiro ou março, anualmente, na cidade de Belém, e reúne representantes do gênero feminino de cerca de 15 clubes da capital paraense. O evento é o maior concurso de beleza do Norte e Nordeste do Brasil.
A proposta - Projeto de Lei nº 102/2024 - para reconhecer o concurso, mais popularmente conhecido como Rainha das Rainhas, é de autoria da deputada Ana CUnha (PSDB). Criado pela família Maranhão, então proprietária do jornal "Folha do Norte", o evento teve sua primeira edição em 1947, na sede do Clube dos Aliados, tendo como convidado especial o governador do Pará.
O "Folha do Norte" fez um grande marketing do evento, que a partir disso passou a ser realizado anualmente, tendo como coordenador Ossian Brito, que decidiu então que os jurados seriam pessoas "em trânsito" pela cidade de Belém, para que de forma alguma houvesse influência no resultado final.
A popularidade do Rainha das Rainhas veio com o início das transmissões pela televisão aberta. A primeira delas foi realizada em 1976, com a inauguração da TV Liberal. Para a edição de 2024, o concurso voltou a passar por reformulação e causou mais uma mudança de local.
Após 12 anos (excluindo às edições de 2021 e 2022, que não aconteceram), o Rainhas deixou o Hangar Convenções & Feiras da Amazônia e voltou a ser realizado na Assembleia Paraense, cuja última edição realizada no local foi em 2007. A mudança faz parte de um projeto que visa resgatar vitórias e origens do certame, que sempre buscou valorizar a cultura e beleza das diversas regiões paraenses.
Segundo a autora do PL, deputada, “o Projeto de Lei é necessário, uma vez que o concurso faz parte da história do Pará. O evento celebra a beleza e, acima de tudo, possui manifestação cultural”, declara Ana Cunha.
Outras Propostas de Patrimônio Cultural
De autoria da deputada Maria do Carmo (PT), foi aprovado o Projeto de Lei nº 595/2023, que declara o Festival de Tribos Indígenas realizado no município de Juruti como Patrimônio Cultural de Natureza Material e Imaterial do Pará. A proposta nº 68/2024 declara como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará a Camisa confeccionada com grafismo Marajoara. O autor é o deputado Iran Lima (MDB). Já o deputado Bob Fllay (PRD) é autor do Projeto de Lei nº 251/2024, que declara o Festival do Carimbó, realizado no município de Marapanim, como Patrimônio Histórico-Cultural de Natureza Imaterial.